Por Eric Costa e Silva
Um
pássaro solitário acabara de ler
Na
cabeceira de sua árvore hotel
As
histórias de outro pássaro.
Ele
nem tão famoso quão Fernão Capelo
Estava
ali, chocado
Com
a situação das horas e horas
A
pairar sobre uma cidade cinzenta.
Não
devido a poluição de outras tantas cidades
Que
ele um dia passou seus verões
Uma
cidade cinza, de céu cinza
Pois
para um pássaro
Tudo
que se vê primeiro é o céu.
De
repente, avistou um beija-flor numa árvore e perguntou
Aqui
é sempre assim? Tenho que comprar um guarda-chuva?
O
beija-flor de pronto balbuciou
Tão
difícil como a sua nota respondeu de pronto
Tudo
que um pássaro deve saber por aqui
É
ver a beleza das coisas
E
na espera de outros dias sempre ponderar
A
cidade é famosa pela esperança.