Por Eric Costa e Silva
Na
faixa dorsal do esquecimento
Não
fico mais sozinho
Os
versos estão comigo.
Cada um deles se faz em pó
De
uma eterna luta poética
Nos
meandros da busca dessa prova
Nela
em mim (re) vivo os vilipêndios do passado.
Cada
um deles leva-me a rua
Nas
curvas e retas de Histórias vividas
Nas
faces do sentimento que teima em não passar.
Meus
passos se deparam meio vassalo
Sob
a ponta firme incandescente
Todos
eles saem do conforto da esfera individual
Para
quem sabe navegar em mares coletivos.
Quero
que saiba amigo (a)
A
ingenuidade da criança
Mesmo
que sejamos jovens ou adultos
Todos
nós carregamos em nossa vida.
Agora nesta estrada torta e sem mágoa
Apenas
espero que lembre das minhas palavras.
Sim!
Minha cara amada.
Os
dados estão postos no chão da sala fria
Todos
os foram na sua mente
Todos
os foram no chão da sala fria
Todos
os foram no meu peito.
Na minha aparição multicolorida
A
alegria da compaixão se engendra
Uma
máxima peculiar coexiste
E
é ela o sabor cordial da humanidade.
Sou
Humanista até a morte.
As vontades desse mar de lembranças
Me
aquece o coração
Explode-me
por dentro
Levando
meu rosto por terra.
Dentro do laço da imaginação
Nervoso
por vezes grito
Inúmeras
metas traço
Todas
pra compreender o antigo.
Pra
atuar no presente
Pra
garantir um futuro.
Hoje, ontem e amanhã!
Todos eles toques
De
um tolo em versos
A
espera do paraíso
No
planeta territorializado.
Mesmo na virtude de tanta gente
Vidas
levadas ao mesmo espaço
Fazem-se
companheiros meus
O
lápis e o papel a rabiscar o as carnes.
Ao sentar no transporte urbano
Apenas
reparo às belas fachadas iluminadas
A
encantar a vontade
De
quem sabe um dia
Saber
que somos todos a mesma acácia.
No campo dos lírios da liberdade
Dinâmicas
são as palavras
Ali
estou! Ao lado delas
Parado
a entrega da observação
No
mar das lembranças
Nas
esquinas da realidade de hoje
Só
posso fitar a lua!
O pulsar do vai e vem espiral
Do
salgado vulto d’água
A
bater nas pedras suaves
Da
minha frágil imaginação.