Por Eric Costa e Silva
Adentro
no trem mágico do destino
Ele
está lotado de temperamentos escalares
E
o conselheiro me cobra.
Cadê
a cadência!
Cadê
a cadência!
Cadê
a cadência!
Cadê
a cadência!
A
cada metro rodado em ferro lince puro
Novas
pessoas eu posso conhecer
Umas
são mais intrigantes que as outras
E
tudo aparenta o negro da despedida
Sempre
inata às vontades supremas de qualquer viagem.
E
a mulher gorda
Com
seu filho desnutrido nos braços
A
cada palavra me indaga
Cadê
a cadência!
Cadê
a cadência!
Cadê
a cadência!
Abro
a janela e sinto a brisa
De
tão leve e fugaz
Da
vontade de vesti-la
Para
juntos contemplarmos
A
mudança gradual de cada paisagem
E
assim elas me encantam!
Trazendo
pra cá dentro
A
petrificação do instante em orvalhos permanentes.