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3/21/2015

OUTONO


Por Eric Costa e Silva

Esse é o primeiro dia do outono
Das suas pétalas caídas ao solo
Uma em especial me tomou a atenção
Pois dela vi nascer um ninho.

E todas as manhas
Para olhar o futuro filhote parava
Assim…Sem mesmo perceber
O tempo esvaia em tons amarelados.

Nas horas de observação
Um bom livro me acompanhava
E nada era tão belo
Quanto o início de cada dia
Que só a árvore via.

Sempre com um bom vinho
De baixo dela ficava em horas sólidas
E num dia nem tão azul
Pude ver o filhote gemer
Suas asas batiam leves
E elas também levavam serenos
Todos os meus pensamentos.

As asas sacudiam
No fundo os relâmpagos caíam fulminantes
Já dos nossos corpos
Os sonhos foram erguidos pelos nossos temores
Calcados no medo do desconhecido
E só para marcar nossas vidas
Hoje com graça acredito
Mesmo com o medo

Que o pássaro e eu não estamos na gaiola.