Por Eric Costa e Silva
Esse
é o primeiro dia do outono
Das
suas pétalas caídas ao solo
Uma
em especial me tomou a atenção
Pois
dela vi nascer um ninho.
E
todas as manhas
Para
olhar o futuro filhote parava
Assim…Sem
mesmo perceber
O
tempo esvaia em tons amarelados.
Nas
horas de observação
Um
bom livro me acompanhava
E
nada era tão belo
Quanto
o início de cada dia
Que
só a árvore via.
Sempre
com um bom vinho
De
baixo dela ficava em horas sólidas
E
num dia nem tão azul
Pude
ver o filhote gemer
Suas
asas batiam leves
E
elas também levavam serenos
Todos
os meus pensamentos.
As
asas sacudiam
No
fundo os relâmpagos caíam fulminantes
Já
dos nossos corpos
Os
sonhos foram erguidos pelos nossos temores
Calcados
no medo do desconhecido
E
só para marcar nossas vidas
Hoje
com graça acredito
Mesmo
com o medo
Que
o pássaro e eu não estamos na gaiola.