Por Eric Costa e Silva
As
andanças de XY
São
belas recitas apaixonadas
Dum
novo velho homem.
Os amores de Y
Sem
começo acabam
Num
alado quebra-cabeça
Da
sua vontade animal.
Já
os amores de XY
São
poucos e contados nos dedos
Muitos
deles apresentados a família
Com
direito de jantar de domingo
Ao
redor duma mesa redonda e farta.
Numa
noite de novembro
No
céu não havia estrelas
E
eles resolveram sair pela cidade
Para
Y mais uma balada
Já
do lado de XY
Uma
nova chance para si.
Quando
XY encontrou Y
No
baile anual do havai
A
banda tocava blues.
Lá
fora chovia a rodo
Antes
do fim da madrugada
Os
dois se abraçaram
E
tudo virou um profundo querer
Em
vai e vem de línguas capciosas.