Por Eric Costa e Silva
As
margens do rio Jordão
Ao
redor dos sons da instrução
Novas
almas floresciam
Nos
ramos de mostarda.
O
sol permanecia a pino
Os
pedreiros livres com seus gestos
Sob a manta do tempo caminhavam.
Ao
fundo da obra
Os
sábios cantavam o roubo
Das
mil e uma palavras
No
livro dos dias contidos.
Ao
lado de cada um
As
acácias choravam a saudade
Das
réguas retas dos homens
Que
um dia foram lutar
Pelo
fim das amarras da brutalidade.
Das
páginas roubadas
Os
martelos tocaram a fronte
Nos
três degraus do encontro.
Cada
uma delas
Sedentas
de um saber escondido
O
sabor avermelhado escorriam.
Das
épocas dos raios do sol dourado da consciência
Todos
só desejam lembrar as glórias
Das
inimagináveis lições de amor do passado.
As
lágrimas desta partida inesperada
Ainda
choram pela informação perdida
De
tudo aquilo que estava envolto na construção
Das
retidões incandescentes do deserto.
E
eu e nós sozinhos
Ainda
caminhamos pelo deserto
Com
o tempo e o vento
A
cruzar todas as bólides do passado.