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3/02/2015

SONHOS LIVRES


Por Eric Costa e Silva

As margens do rio Jordão
Ao redor dos sons da instrução
Novas almas floresciam
Nos ramos de mostarda.

O sol permanecia a pino
Os pedreiros livres com seus gestos
Sob a manta do tempo caminhavam.

Ao fundo da obra
Os sábios cantavam o roubo
Das mil e uma palavras
No livro dos dias contidos.

Ao lado de cada um
As acácias choravam a saudade
Das réguas retas dos homens
Que um dia foram lutar
Pelo fim das amarras da brutalidade.

Das páginas roubadas
Os martelos tocaram a fronte
Nos três degraus do encontro.

Cada uma delas
Sedentas de um saber escondido
O sabor avermelhado escorriam.

Das épocas dos raios do sol dourado da consciência
Todos só desejam lembrar as glórias
Das inimagináveis lições de amor do passado.

As lágrimas desta partida inesperada
Ainda choram pela informação perdida
De tudo aquilo que estava envolto na construção
Das retidões incandescentes do deserto.

E eu e nós sozinhos
Ainda caminhamos pelo deserto
Com o tempo e o vento

A cruzar todas as bólides do passado.