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3/03/2015

JANELA


Por Eric Costa e Silva

Nesta noite de eterna ilusão
Bem acordado vou ficar,
Para ver no céu preto fosco
As estrelas brilharem.

A cada uma delas
Os nomes de amigos e amada dei.
Tudo para guardá-los com mais carinho,
Dentro da minha memória.

Nestas noites de lua no céu
Não me canso de olhar
Toda forma que se forja,
Duma história tenra
Que nunca poderá ser dita.

Cada imagem a reluzir no centro da lua
Lembram meus pensamentos em símbolos.
Às vezes vagos de mais
Para um poeta esclarecido.

Da janela do meu quarto
Tudo que quero posso tocar
Todas as informações brindo.

Com a taça de amargura magnífica
Dadas pelos cantos da virtude
Dos homens e mulheres, sem fronteiras.

Cada palavra
Cada imagem
Cada humano.

São seres completos
A induzir o sabor da minha fome,
Sempre repletas de algo em sonho.

Faço agora desta folha
Um trampolim do sonho ametista.
Onde cada salto meu
Uma nova viagem representa.

Desta janela! Que és minha vida
Terno posso olhar a todos.
Mas, nunca vou expor as cortinas
Os cachos de histórias negras,
Passantes,  nas vidas de quem amo,
Passantes, nas linhas de quem amei.

Ao fundo da Janela
Cada bloco, bloquinho ou nota de areia,
Só serão encontrados amiúde
Nas faces da realidade crua
De cada ser vivo.