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3/01/2015

PEQUENA PÍLULA


Por Eric Costa e Silva

Na grota do cartaz lúgrebe
A sensatez encarna os dons
Que nosso choro aberto não cala.

Cada lágrima a rolar pelo rio da saudade
Me leva a cela invisível da humanidade
Elas transcendem as veredas
Das paredes do pensar.

O vento da madrugada
Conta aos seus bem quistos
Todos os segredos um dia escondidos.

Cada um deles são folhas verdes
Duma eterna busca de conquistas
Onde os de largos sábios perfeitos
Saltitam seus desejos íntimos
Para mais além dos corpos meticulosos.

Nesta vontade constante de busca branda
As ideias já superam a estrutura
Dos sem fins dos ideais
A surgirem no mar das moedas antigas.

Nos pergaminhos encarcerados dos ventos
Que a cada cena imperfeita
A todo instante tomam nota
Das ações feitas em sinais.

Mesmo com a sombra dos segredos
Não faça do seu passado um copo
Pronto a encher a garganta
Com um gole d’água suja.

Não faça o volume do copo
Ser tomado pela agonia
De encantos facínoras pelo ceifar da vida
Do irmão que ao seu lado segue.

A pequena pílula está posta na mesa
A cada alvorecer límpido dos dias
Os ventos podem lhe procurar
Quem sabe contem seus segredos.

Neste dia de visita graciosa
Pelas vantagens do olhar vamos caminhar
Nos lares de dispositivos não tão virtuais.

Ao passar pelo mar dos segredos
Você há negar o tempo do vento
Negar a vontade de revê-lo.

Em comemoração desse dia
Abra a trindade do medo
Voe pelas garras sorrateiras.

Das únicas aves de rapina
Que um dia também o visitará

Com pequenas pílulas de esquecimento.