Por Eric Costa e Silva
Hoje
é dia de lembranças das noites
Não
daquelas de aulas cabuladas no bar patas
Nem
das fotos com a famosa plaquinha.
É
dia de lembrar aquele vem e vai
Nos
bancos dentro da T.U.A
Eles
me levaram quatro anos para o Unitoledo.
Nele
pude escutar várias Histórias
Umas
alegres, outras lamentos
Ali,
vários celulares em tons
Dos
mais variados estilos.
Fico
nesta pedra a lapidar
Não
com as conversas ou olhares
Vou
poemar sobre as de vida
Quem
sabe de morte, não sei até hoje.
Lá
estava uma velha senhora
Com
uma sacola que continha as compras
Lembro
que ela toca a campainha.
O
coletivo! De várias quebradas, Hilda Mandarino
Para
no ponto de um ponto de encontro da zona leste.
De
repente, meu ouvido ainda aguçado
Me
faz perceber o barulho das compras caindo
Depois
um barulho de um corpo que cai
Hum!
É isso que escutei.
Corro
para a campainha e a toco desesperadamente
O
motorista olha pelo retrovisor
Eu
já estou com a cabeça para fora a procurar algo
Vejo
a cara do habilitado com um semblante de raiva.
O
mesmo de olho no retrovisor
Faz
menção de gritar e começa a acelerar
Quando
o acelerador segue alguns metros ou centímetros
Sei
lá, não tô com a trena.
Grito,
caramba, a senhora tá embaixo do coletivo
O
motorista para com mais um ai!
Logo
pedi para o bicho de fisioterapia descer e atender
Lembro-me
da pergunta
Tem
medo de sangue, se não desce
Preste
os primeiros socorros.
Lá
no fundo uma moto vem na velocidade da via.
Quando
a mesma para um amigo de infância
Todos
falando que a senhora deite no chão
Uns
pedem para chamar a polícia.
O
motorista diz que pode chamar a Unimed
Santo
seguro da empresa T.U.A
Ela
não aceitou pelo medo de ir sozinha para o hospital.
Eu
lembrei dessa história
Que
poucos alunos podem ter no currículo
Não
cabe no lattes.
Demorei
para escrever
Não
sei o que rolou com ela
A
senhora foi na moto do meu amigo de infância
Se
tá viva ou não.
Essa
é a questão desse transporte coletivo da T.U.A
Que
vai e vem pega alguém.