Por Eric Costa e Silva
Numa
terra que não pode ser boa
Com
aqueles homens e mulheres
Que
nos seus arredores nasceram
Deve
ser apenas lembrada
Pelos amigos feitos.
Todos
os barcos das pessoas lutadoras
Por
vezes procuram o mar de novos ares
É!
Nem sempre a cidade que o viu crescer
Lhe
garante lágrimas oportunas de alegria.
Nesta
noite mais uma vez
Eu
pensei em fazer meu barco
Navegar
por outros nortes
Que não estejam tanto em tormentas.
Esse
meu barco anda só
A
espera dum bom vento
Com
os timoneiros prontos para zarpar.
E
para que as velas sejam hasteadas
É
necessário que o vento toque-as
É
necessário que o vento
Mexa com nossos cabelos.
Em
meio a cidade que canta e chora
Também
tenho meus dias de distração
Eles
me levam a olhar a cidade
Os
lugares de minha memória.
Nesses
momentos de distração
Também
é onde eu me encontro
Sob
a percepção de observar
Tudo
aquilo que já passou.
Nesses momentos de distração
Também é onde eu me encontro
Sob a percepção de observar
Tudo aquilo que pode ser.
Tudo aquilo que pode ser.