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12/15/2014

Menina Mulher





Por Eric Costa e Silva



Todos os dias ao jazer

Lá do fundo vem uma voz

Os súbitos tomam conta de mim

Pelas mesmas vontades sou pego.



Queria falar contigo!

Meu sentimento demonstrar

Mas não posso fazer!

Não faço... Não faço.



O que fazer então?


Cantar! Também não posso

Esse pássaro anos encarcerado

Não tem voz afinada

Apenas brinca no esconderijo

Sem nutrir o estrelato.



O que fazer então?



Tocar! Também não posso

Minhas mãos são tremulas

Já tentei quase todos os instrumentos

Agora! Apenas sou platéia ativa.



O que posso dar-te?



Só poesia pequena

Uma tanto criticada e dita infértil!

Um carinho imenso a toda hora

Até mesmo após a fila do desespero.



Quase todas as brasileiras

Tem certa similaridade

Com os quilômetros de distância vistas.



Mais me diga!



Quem nunca ficou lá

A espera de algo

Com o olho brilhando

Feito mago sem bruxa

Na frente do caldeirão

A ver no gesto circular

A suculenta máquina dos sentimentos.