Por Eric Costa e Silva
Não vejo nada mais forte
Do que meu bem querer
Por você, minha poesia.
Com minhas idéias simples
Todas livres quão o céu azul
A todo segundo nas estrelas
Desta minha intermitente mente
As escrevo para alcançar o todo.
Ele sempre em mim
Busca em você
Uns tantos repletos olhares de encantados.
No nascer de cada uma
Algo me eleva num sopro
Minha alma em som gentil sorri.
Já meu corpo
Um tanto cansado
De todas as batalhas da vida
Esvai-se em tantos outros.
Esses dois entes
Um tanto quanto firme
Apenas pode ser visto
No nascer perfeito
Do sol intermitente de cada poesia.
Às vezes perambula vazia
A procura da passagem singela
Do portal terno dos seus olhos azulados.
Não vivo sem sonhar
Com mais um dia lindo
Onde todos sejamos irmãos
Onde a diversidade seja respeitada
Numa verdade transformadora elipsoidal
A preencher as planícies tortuosas da alma.
Com os encantos dos tempos
Não deixo de chorar
As vísceras que os acompanham.
Ainda estão jogadas no chão
Junto das dores dos dias
A manchar os sorrisos
De toda e qualquer ingenuidade.
Cada uma das minhas filhas
Sempre juntas da minha medida
São brados humildes
A romperem as barreiras
Das rupturas propostas.
Com elas vocês vão encontrar
As águas alegres cintilantes
Do rio inexato das folhas secas
Que num só lance
Faz-nos gritar de felicidade.
Na ponta do galho
As palavras voam altas sedentas
A forjarem o recanto das linhas tortas
Presentes nas máximas peculiares
Dos coletivos lotados de pensamentos.
Uns comuns
Outros abstratos
Alguns impensáveis verossímeis.
E todos estão com seus olhares postos ali
Entre o tudo e do nada
Numa eterna busca do esplendor.
Nas peculiaridades de cada dia
As mãos calejadas aprendem a colher
Todo barro necessário
Para a sólida construção
Das novas casas dos desejos.
Uma a uma na galáxia
Elas são horizontes sem paredes
A brindar os copos da vida
Com todos os laços de suas Historias.
Todos os pontos materiais da vida
São credores da gratidão divina
Até mesmo a tiririca
O lírio dos campos.
Todos dão o tom da gênese não ilusória
A preencher a galeria do céu sem nuvem
Dos mitos do sol
A vencer a ganância capital