Por Eric Costa e Silva
Dias após dias
Tuas malhas crescem vigorosas
As margens jogam os construtores.
Dias após dias
Num viver servil vivemos
A limpar, concertar e edificar!
Os pedaços teóricos projetados.
Mesmo deitados no universo
Os ventos a tocar os corpos
Adormeçam! Musas encantadas.
Há todos os cantos
Normais visitas façam
Deles veremos saltar aos olhos
As imponentes formas do cotidiano.
Nesta viajem astral
O nosso eu
Nos faz lembrar.
Que todos os anjos
Juntos estão a voarem
Pelas plenas plumas da gratidão.
E eles nos dizem!
Que elas determinam a meta
De vistas sincréticas
Dos nossos horizontes, dores e amores.
Nestes novos radiantes
Mesmo sem querer
Deles podemos ouvir
Os brados dos cidadãos.
Os sons ecoarem estonteantes
Na casa dos tons elipsoidais
Os olhos hipnotizaram.
Nesta semente germinante de aprendizado
A humanidade cativante
Ainda vagam surpreendentes
Sob as concretudes mentais
Dos desfiles novos que transbordam.
As escolhas desses temperamentos
Não formam linhas
Nem mesmo estão dispostas
A eleger o nós como algo supremo.
Do outro lado
Na cadeira lenta da vida
Sentam-se os escolhidos.
Nas suas penas
Por muitas consideradas mínimas
Ainda florescem todas as esperanças
Dum dia de solidariedade eterna.
Dias após dias
Vontades emanam ondas
Numas partículas desenfreadas
Tão juntas nas carnes
Quanto nos cravos comuns
No dia onde as lagrimas
Teimam em molhar o chão.
Mesas dos lares lotados
O garfo lembra o gelo
Da marmita fria.
A brisa da responsabilidade
A saltar a cada copo de veneno
As ações devaneios elaboram.
Quem sabe um dia
Elas são quiistas
Quem sabe um dia
Toda abobada celeste
Não mais sentirá homens armados
]A espera do lucro.
E as fontes bordadas
Ainda sem costa
Continuam a ser ignorados
Por um só fantasma.
O fantasma da solidão divisória
Sombras de castas rutilantes
Nas pistas das Classes avassaladoras.
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