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1/12/2015

História Ocultada Sob o Tsunami de 2004.

Fotógrafo: Arko Datta


Por Eric Costa e Silva


Apresentação Sugestiva

Seja bem vindo leitor e leitora. Chegamos a mil visualizações do blog, ebá! E agora uma vez por mês passarei a escrever algo de acontecido na minha vida, peço licença aos colegas e amigos, por hora que serão citados, sem a devida autorização. Essa por sinal, pode ser considerada como uma falácia para muitos, uma história inverosímel para os amigos, confesso, alguns que contei, me aconselharam a nunca dize-la. Mais contrariando os pedidos e desde já pedindo à aqueles que venham considerar a mesma como muitos ou como alguns, peço que utilize a régua da checagem das informações e das fontes citadas, antes de sair julgando algo verdadeiro. 


A História Relatada pela Memória: "Ou é Longo, Senta Que Lá Vem".


Na noite mais quente das três rosas do novo milênio da cidade de Presidente Prudente, um velho homem de barba rala, com uma túnica marrom e cabelos longos cinzas, ao meu sonho veio visitar. Sem dizer seu nome e com um prumo na mão direita, a sua mão esquerda se estendeu e entrelaçou a minha. Ligeiramente, sem pensar, nós caminhamos de mãos dadas, numa grande plantação de romãs, donde de longe, no centro de cada leira podia-se ver uma colmeia sobre um pontalete de madeira.
Depois de algum tempo andando na plantação, o velho parou e começou a falar:


- Suas orações postas como um pedido de providência para revelações foram ouvidas. Vejo uma grande lágrima divina tomar o litoral da Ásia. No tempo certo levo você a minha casa e o aviso em um período hábil, para que possa medir a sua decisão.


Antes mesmo de qualquer pergunta minha, ou outra explicação do velho, o sol bateu pela janela totalmente aberta do quarto nos Renegados e me levou o sonho. Naquela mesma manhã caminhava pensativo entre os blocos B1 e B4 da Moradia Estudantil da Unesp da Faculdade de Ciências e Tecnologia.  
De repente logo ao fim do caminho me deparei com a figura esguia e sorridente de sempre do anarquista Marcos Ruivo, pensando ter a minha credibilidade com o mesmo abalada, decidi não contar do sonho, mas disse ao mesmo:


- Ruivo uma grande onda vai tomar grande parte do litoral da Ásia, só não sei o dia, mais vai acontecer, procure alguém na imprensa e diga, mas vou logo afirmando, não usarei turbante para falar.


O jovem promissor abriu um belo sorriso e sem querer ser indelicado, logo declarou, "você deve estar de brincadeira, como pode assegurar sua informação?"


Mais uma vez, sem tocar no sonho com o velho, me voltei a explicar ao mesmo, tenho uma grande fonte que me confirma meus fatos, e no momento não posso revela-la. Antes de terminar e vendo meu semblante cada vez mais tornar-se sério, ele apenas balbuciou, mas se não acontecer. Eu, na minha terna busca olhei no fundo dos seus olhos e consolidei meu pensamento, com a frase, caso não ocorra, serei eu o motivo dos risos por toda a minha vida. Ele mais uma vez perguntou, e se não acontecer. Eu mais uma vez respondi, damos um jeito, confessei isso a um leitor voraz das Forças Armadas, mas omiti do mesmo que foi em uma prova que realizara anos antes. E ele com um olhar perplexo afirmou, "vão jogar uma bomba no mar?". Eu com um toque de ironia talvez até hoje não constatado respondi com um sonoro quem sabe usamos a arma Arphia.
No dia seguinte, minha mente estava ainda a procurar da figura do velho em todas as faces dos senhores de idade que passava por mim na rua. Quando escutei a voz do primaveril Ruivo a me chamar. Sem delongas ele assegurou, " a Tv Fronteira quer fazer a reportagem, mas quer que você use um turbante" e desta vez gargalhou. Sentindo-me ofendido, disse a ele, só falo sem turbante e quero 5 mil reais.


Uma Primavera Depois


O ciclo da vida colocou mais uma rosa no calendário humano e eu desta vez, deitado na minha cama na casa de meus pais, no bairro Hilda Mandarino, na cidade de Araçatuba, me deparava com o início da madrugada, na companhia de Jorge Amado e o seu Mar Morto. Dentro de mim a angústia e a decepção de mais uma vez ter abandonado o curso de Geografia. 
Adormeci e o velho de barba rala e cabelos cinzas locomoveu-se mais uma vez nos meus sonhos, agora sua túnica marrom trazia uma estrela flamejante de várias pontas bordadas no centro.  Vou leva-lo até minha torre. Ao peregrinar por seus passos, nós passamos por alguns pés de acácia, onde de cada um de seus ramos, brilhava o cântico dos colibris de plumagem azulada. Momentos depois estávamos de frente a uma cabana simples e a porta achava-se entre aberta.
O velho da estrela flamejante colocou seu braço sobre o meu ombro direito e me conduziu até o interior da cabana. Apenas um amplo espaço com uma mesa ao centro com quatro saquinhos de couro em cada extremidade da mesma, quatro cadeiras e uma lamparina acesa em cima de um fogão de lenha.
O vetusto me fez sentar na cadeira do lado direito da mesa, dispôs sua mão sob minha cabeça, caminhou até o fogão e trouxe nas mãos um cinzel, alguns passos até a mesa, o entregou a mim e com uma voz mansa enuncio, neste dia 25 de dezembro de sua paisagem, 26 no horizonte deles, uma grande onda varrerá muitas vidas. Cabe a você decidir sob o que deseja a sua alma fazer. Lembro-me apenas disso desse sonho, os psicólogos que conheço, afirmam que é normal não lembrar de um sonho inteiro.


Um Sonhador em Ação


Pensando naquilo proferido pela voz tímida esperei minha mãe (Maria Alice) chegar do trabalho, na ocasião em que ela abriu o velho portão da casa, e seu todo branco de trabalho se fez presente, logo fui a ela pedir providências para ajudar a evitar a terrível tragédia, alguns acontecimentos que um dia contarei em algum desses outros meses, atuou para o crédito dado ao que tinha a falar.
Sem esperar nenhum suspiro seu  e com a vontade de evitar o acontecido, tracei a estratégia de avisar, mas com uma data, onde se tudo desse certo, poderia minimizar as perdas das vidas de alguns e prontamente comecei a asseverar. Um Tsunami vai atingir principalmente a Indonésia e a Tailândia, vai acontecer uma semana antes do natal, tente convencer a tia Eunice, uma mulher forte, doméstica com muito orgulho, a aconselhar o seu patrão, na época dono da TVI em Araçatuba a vender o fato para o Jornal que passava na Madrugada do Sistema Brasileiro de Televisão, na hora, da conversa com minha progenitora lancei uma data qualquer, o importante era tornar o caso ganhar o conhecimento de muitos.
E no outro dia lá fui eu, até a lan hause, não tinha computador na época, e mandei e-mail para a rede de televisão Al Jazeera, com tudo certo e as datas certas, mas até hoje nenhuma resposta do mesmo, talvez por ter mandado em português, não obtive resposta, mas fiz, e é isso que conta.


Nas Telas e aos Olhos de Todos e Todas


Na data indicada em um intervalo de uma semana e meia do natal, dita, de forma a tentar evitar o pior - sugestão dois, os tapes podem ser confirmados com uma apuração e quem sabe com a sua veiculação dos jornais aqui indicados, poderão disseminar a minha frágil memória por datas, das quais digo, não ser o meu forte anotar, mas logo digo, gastei um interurbano para a central globo e eles disseram que só entregam materiais por meio de pedido judicial, quem sabe um advogado bom não consiga isso -, não sei realmente se o turco que ousou a convencer a rede nacional, mais lá estava a ancora, uma loira de cabelos longos, nem mesmo o Google me ajudou a lembrar o nome dela, gostaria de cita-la, mais fica a dica, ela esteve o tempo todo na frente das notícias do Tsunami na Ásia.
Naquela madrugada a ancora afirmava, Tsunami atinge a Tailândia, não temos ainda noticias de mortos ou feridos. Só que dois ou três dias se passaram e nada naquela data foi confirmado e então ao assistir o Jornal Nacional (pasmem, eu assisto o JN) o ancora William Bonner começava na escalada, mais ou menos assim, SBT noticia errado e Silvio Santos pode ser preso.
Para dar uma conotação familiar, minha mãe chegou mais uma vez toda nervosa, gritando que o Silvio, homem que até hoje, ela acompanha aos domingos, iria ser preso por uma mentira minha, e vociferava, você disse que poderia cortar a sua cabeça, lembra. E eu disse a ela, passei a data não correta para ver se o assunto chegaria aos ouvidos de alguém no oriente, mas a data correta é dia 26, no calendário do oriente, não usarei mais nenhum artifício para tentar ajudar, diga isso ao contato seu que até hoje desconheço.


Dia Triste de Natal


O presépio ganhado de herança da avó italiana de meus amigos de juventude, Flim e Flay, já estava montado a um bom tempo na sala de casa, levantei logo de manhã por volta das 7 e 30, quando abri a porta do meu quarto, e caminhei até o mesmo, minha mãe saiu do quarto ao lado e com uma voz mansa disse, filho o que foi, eu com a certeza dos ímpios, disse a ela, ajoelhe sob a presença do senhor que está agora na nossa manjedoura e em nossa presença, hoje é o dia de tristeza. E ela sem medir esforços, já que é uma Católica Apostólica e Romana, passou a genuflectir enquanto voltei ao quarto com o peso do Mundo em Minhas Costas.
O decorrer desta História foi muito lembrada, pelo decorrido dos dez anos do acontecido, mais fica a dica, ela por si só daria um bom documentário curto, quem sabe os amigos, ou mesmo os vermelhos de coloração estrelada como eu não me ajude a navegar por esse projeto.







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