Por Eric Costa e Silva
Ao
parar no pensar
Nas
fontes doces ou amargas
De
toda a minha vida.
Preso em uma teia percebo-me
Sob
o manto dum pássaro
Que
aprendi a cantar.
Aguá
e sede é meu sentir
Todo
meu ciclo se faz fonte
De
nada mais se faz meu querer.
Sempre
a espera de um chamado
Estou
preso na gaiola
Junto
dos colibris de plumagem azulada.
Eu
e eles temos algo em comum
Não
cantamos o amor presente
Apenas
deixamos outros cantarem.
É
duro encontrar bites
O
sentir no peito
Enquanto
as palavras
O seu cheiro teimam em buscar.
Hoje
é dia de lembrança
A
cidade que cresce dentro de mim
Comemora
a sua felicidade.
Não
esqueça dos abraços nos amigos
Que
um dia pelos meus passos tortos
Fizeram
de meus sofrimentos de ontem
Motivos
de plena admiração.
Quero
minha doce fonte de água vivida
Nasça
sempre no cálice
Das
mais belas palavras.
Mesmo
elas limitadas pelo tempo
Molhe
o doce espaço além dos olhos
Ainda
que nesta noite de alegrias
Apenas
algo secundário seja eu.
Dia
de felicidade entre muitas fontes
A
beber dos relógios da juventude
Sejamos
sempre a chuva
A
trazer a mágica água para a fonte.
Do
passado simplesmente me resta
Todo
o pudor do passado
E
o amor de modos diferenciais
Que
um dia se encontraram.