Por Eric Costa e Silva
Hoje
e Ontem
Na
tarde de mais um outono qualquer
Tudo
parece normal na cidade dos Araças
Nas
suas folhas eternizadas
Os
jornais mais uma vez trazem
Toda
nudeza das relações de poder.
Um
poder em todas as páginas
O
poder da dor de quem vê seu ente morto
O
poder de quem vai a cela
Com
mais um na conta do anti-candelabro.
Nas
suas veias cotidianas
Muitos
dos seus trabalhadores
Sempre
estão de amores com a profissão
Muitos
de seus trabalhadores
Um
dia reclamaram de uma matéria
Que
assinam sem ser aquilo o seu pensar.
Os
jornais são eternos
Eternizam
nomes
Sorrisos
de colunas sociais.
Ontem
foi mais um domingo
E
eles estavam nas ruas
Com
um fino trato de uma democracia
Que
esqueceu por querer
Todo
uma época passada.
Antes
não se via nas suas folhas
Além
de uma nota
Os
sociais movimentos
Viviam
o esquecimento do publico geral.
É
mais no passado nem tão distante
As
ruas tomamos
Amores
esquecemos.
Só
para ter no futuro
As
chances de sermos
Senhores
de nosso tempo.
E
as músicas de dias
Nos
livros dos dias foram escritas
Sem
nem mesmo brindar a conquista
De
todos os tempos.
Viva
os jornais!
Viva
a eternidade
De
quem luta
E
de quem nunca deixou de lutar.