Por Eric Costa e Silva
Os
poetas de uma era antiga
Nos
dizem que os nossos olhos
São
as portas da alma.
Os
olhos podem ver tudo
Notar
os entrelaces de tristeza
Semear
tempos de alegrias
Além
de saber julgar a dúvida
Posta
em seu tempo.
Os
poetas contemporâneos
Nos
dizem que homens de visão
Também
são acometidos de cegueira.
Os
poetas da Nova Modernidade
Todos
esses sentidos bailam
E
no salão colocam a necessidade
Duma
existência angular
Não
apenas balizada no eu.
Os
poetas da Nova Modernidade
Sabem
que a vida vivida
Apenas
de pétalas repletas de simbioses individuais.
Podem
fazer do homem
Um
ser não mais humano
Pode
fazer do homem
Um
sujeito mesquinho.
Um
homem apenas do eu
Pode
chegar ao ponto de ir na areia da praia
E
dizer que seus olhos são maiores
Que
todas as belezas da natureza.
Os
homens individuais
Podem
eles chegar nas esquinas e bares
E
dizer que apenas eles sabem o que é bom para o Mundo.
Não
seja o cego da individualidade
Viva
a vida a saber ver com os olhos da alma.
Na
sala da lareira do Mundo
Saiba
que mesmo na fogueira das vaidades
Quem
queima é a própria humanidade
E
não apenas você.