Por Eric Costa e Silva
Deveras
sente a dor de viver no passado
Um
passado que se faz presente
Num
Mundo onde homens
Desfazem
sonhos e vidas.
Deveras
sente senti-lo em dor e pranto
Sobre
a mesa que não traz o alimento
Nem
mesmo coabitam a felicidade
Dos
sorrisos largos em oração.
Deveras
sente a falta de argumentos
Onde
cada palavra vive-se uma só voz
Onde
cada palavra lembra-se as luzes
A
se apagar no quarto escuro da História.
Deveras
sente o sentimento de sentido
A
sentar na porta das barbaridades
Que
povos promovem o sofrimento
De
outros povos a sentir a dura pena.
A
pena da penumbra de dias insólitos
A
pena de homens sem amor
A
maldizer a humanidade.
A
pena individual que é perversa
Onde
se odeia nos dias
Enquanto
nas folhas, diz amo-te.
Deveras sente meu sentido inato
A viver no sábado as luzes do seu dia
A esperar das palavras
Sempre um passo a frente.
Duma humanidade que pode amar
Uns aos outros
Sem mesmo querer nada em troca
Deveras sente meu sentido inato
A viver no sábado as luzes do seu dia
A esperar das palavras
Sempre um passo a frente.
Duma humanidade que pode amar
Uns aos outros
Sem mesmo querer nada em troca