Por Eric Costa e Silva
Cada
estrada dessa vida escarlate
Não
pode ser vivenciada
Sem
a plenitude de um objetivo.
Com a escada das palavras
Busco-a nos céus rubros
Do meu tempo de minha latino América.
Na
aurora deste novo tempo
Um
totem se ergue-se
Sob
o manto da vontade.
Nas
suas mãos as palavras
No
seu horizonte infinito
Cada
estrela no firmamento
Põe-se
para trazer o sol
Cheio
de beleza e encantos.
O
totem está vivo
As
palavras estão vivas
Enquanto
os homens
Vivem
a buscar objetivos.
Cada
um deles traçados no papel
Onde
se veem a separação das vaidades
Onde
se veem a mostra
Sentimentos
senhores não vividos
A
cada palavra que se esvai em letra
Põe-se
a vontade dos passados
Tão
vividos pássaros
A
voar pelas manhosas manhãs.
Não
quero apenas nessa estrada
Ser
o totem do ontem
Nem
mesmo o totem sem objetivos.
Quero
viver o que desejo
Trilhar
meus caminhos sob ventos eufóricos
Sem
precisar mentir para minhas folhas em branco.
O
minarete está nas mãos
A
erguer-se um dia na casa
De
todas as palavras
De
todos os objetivos.
Vamos
viver o ontem
Para
quem sabe criar o hoje
E
nas metas dos futuros
Sermos
além de palavras.
E
nas metas dos futuros
Sermos
objetivos cumpridos
Além
de meros objetos na estante
Duma orla que não mais
Se quer visitar.