Por Eric Costa e Silva
Sexta-feira da paixão
Falar então de amor
Falar de Paixão que ainda me move.
Na ponte desse destino
Falar então de amor
Falar de Paixão que ainda me move.
Na ponte desse destino
Onde estou ainda a caminhar sozinho.
Hoje
começo o dia tarde
Acordo
tarde feito um ser notiurno
Mesmo com o seu não
De uma noite passada
Sobre a mesa a sobremesa
O cálice que um dia não se calou.
De uma noite passada
Sobre a mesa a sobremesa
O cálice que um dia não se calou.
Nas
sombras da sua existência
Sob
o brilho latente do sol
Pego-me
a fumar mais dois maços.
Tudo
para perder tempo
E
olhar para a esquina
A
espera do frescor da lua.
Minhas
dúvidas são as mesmas
Em
todos os lugares da cidade
Sempre
estou a sua procura.
Sei, quem sabe? Um dia me amará!
Nos
dias onde se fincam as amargas névoas
Das finas flores na mão de uma criança
Das finas flores na mão de uma criança
Apenas me resta. Quem sabe?
O fim dos momentos circulares
Da mais obscura solidão.
Ao olhar seus olhos distantes
O fim dos momentos circulares
Da mais obscura solidão.
Ao olhar seus olhos distantes
Ainda
vejo aquele beijo
Findar
o meu, no ato da despedida.
Onde quem sabe se lembrará
Das palavras numa casa
Que um dia foi sua.
Onde quem sabe se lembrará
Das palavras numa casa
Que um dia foi sua.
Pego-me
solto em sonhos universais
Tão
concretos quanto à felicidade das flores do campo
Sei!
Em todos os quintais elas vão desabrochar seu laranja
No
dia do nosso quem sabe um dia
Bem próximo, a seu querer
Enlace eterno.
Bem próximo, a seu querer
Enlace eterno.
Deus
bendito queira amada de ontem
Que
um dia sermos um só corpo mais uma vez
Não
só em carne viva vermelha.
Não
apenas em mente cintilante
Nem
mesmo só em laços ideais
De
plenas vertentes de prata que adocica a boca.
Seremos quem sabe o futuro
Seremos quem queremos
Seremos quem podemos ser.
Seremos quem sabe o futuro
Seremos quem queremos
Seremos quem podemos ser.