Por Eric Costa e Silva
Minhas
poesias são livres
Pelo
mundo das palavras caminham sonolentas
Quase
nada elas não pretendem
Além
do mar das nossas sensações.
Minhas poesias são livres
Pelo mundo das letras teimam elas
Em ser o homem que liberta
Os pássaros antes encarcerados nas gaiolas.
Não
me faz bem viver com sapos
Nem
mesmo com vísceras de frases cortadas
Ainda me faz bem viver com sonhos
Onde
apenas eu sonhe.
Hoje
acordo para o Mundo
Faço
de minha liberdade poética simples
Um
trampolim esmeralda antigo
Para
além de causas e efeitos.
Hoje
acordo para o mundo
Não
quero mais ser o materialista chato
Ainda quero ser quem ama sem ser amado.
A
poesia livre é liberta
Das
nuances de contos materiais
Ela
vive semanas no ponto de ônibus
A
espera do olhar do poeta.
A
poesia livre é simples acácia
A
espera de alguém que na sua sombra
Queira
fazer mais um verso
A
espera de mais uma estrofe.
No
relâmpago de uma livre poesia
Cabe
quase tudo, até mesmo
O
soldo de um poeta marginal
A
encontrar na bela do passado
Um
motivo para poetar.
Ser
um poeta livre
Liberto
de preconceitos
Gentil
em meio a hordas de sentimentos inacabados.
É
uma dádiva bem mais linda
Do
que apenas esperar na praia
O
tubarão de ontem vir ao seu encontro.
Vamos
viver a poesia
Que
não é poema
Viver
e ser vivido por ela.
Vamos
viver a poesia
Enquanto
o lobo do fim da vida
Deixe-a
apenas na memória.