Por Eric Costa e Silva
A
manhã
mostrava toda a sua beleza
O
sol levantava mansinho no horizonte
Enquanto
seu laranja se misturava as nuvens já quase azuis.
Sentado
no pilar eu avistava os pássaros em revoada
Dentro
de eu, crescia a necessidade de voar
Para
outros lugares de minha imaginação.
De
repente na mesma hora
Dada
de todos os dias
Um
rastro branco se faz no céu.
É
mais uma vez um jato
Que
leva meu sonho esquecido de criança
Sonho
de um dia pilotar uma aeronave.
Pelas
mãos,
a menina é
carregada
Mais
um dia de aula que ela ainda não compreende
Os
trabalhadores já se encaminham cabisbaixos
Para
outro dia de labor.
E
eu, um ser observador meio esquecido
Pego-me
a poemar as vidas que passam
E
eu, um ser sem sorte a vagar pela cidade
Ainda
procuro olhar o Porto Seguro da bondade.
Um
poeta pode ser solitário
Viver
uma vida inteira de estranheza
Um
poeta, só não pode deixar de
sonhar.
Ao sentar na escada dos nossos dias
Um poeta deve ler nos olhos de quem
sobe
Suas vividas vontades de tempos
Ali, na poesia, deve estar
presente.
Ao sentar na escada dos nossos dias
Um poeta deve escrever as poesias
De todo seu cotidiano
E em cada uma delas
Deve buscar olhar de alegria surgir
em outros olhos
Dura a realidade, seria eu esse
poeta?
A contar o cotidiano de forma
A colocar a felicidade na face dos
leitores?
Não sei, mas ainda tento.