Por Eric Costa e Silva
Lá fora
cai uma leve brisa
Cá
dentro do peito
A névoa
marca o tormento do acaso
Dos dias dados em tons de tristeza.
O relógio
da parede do quarto
O tempo
real pode aferir
Já as
cicatrizes do corpo
Em vastos lugares inimagináveis
Ao redor do sol do meio dia
Sob a pena dos braços em construção
As
batalhas da vida sinalizam.
Na mente
cada ser abstrato
Em
concreto transtorno se esvai
Vidas se vão!
Enquanto meu eu se tranca no quarto escuro
E cada
letra na estante mágica do conjunto sólido
Nas lágrimas do ontem
No fundo
cravam territórios alados
E se colocam aos olhos
Das folhas em planos passados.
Não
tentem fugir da compreensão
De meu olhar triste
A se sentir abandonado
Pela própria figura no espelho.
A busca do homem
A fazer a sua viagem interior
Sempre estará ali, inertes.
A cada caminho pela imagem interior
Sempre podemos perceber
Eles nos
trazem o bem a todos.
Em
qualquer hora do dia
O tom fúnebre da barbárie
Nos
demonstram a certeza escarlate
Dos modos
dos olhares vindouros
A relegar aos fios do poste
As marcas espaciais de um Mundo.
De leituras insensatas
De preconceitos estabelecidos
De palavras a navalhar o bem.
Ao
entrarmos nos recantos
O azul do todo versátil
As
gêneses das coisas serão vistas
Junto aos colibris de plumagem azulada.
Nas taças
amargas do presente
O fel das memórias
Hoje cintilam todas as dores
Postas no copo pardo
Do vazio das saudades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá Seja Bem Vindo e Comente!