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2/12/2015

PRIMAZIA



Por Eric Costa e Silva

Lá fora cai uma leve brisa

Cá dentro do peito

A névoa marca o tormento do acaso

Dos dias dados em tons de tristeza.


O relógio da parede do quarto

O tempo real pode aferir

Já as cicatrizes do corpo 

Em vastos lugares inimagináveis

Ao redor do sol do meio dia

Sob a pena dos braços em construção

As batalhas da vida sinalizam.


Na mente cada ser abstrato

Em concreto transtorno se esvai

Vidas se vão! 

Enquanto meu eu se tranca no quarto escuro

E cada letra na estante mágica do conjunto sólido

Nas lágrimas do ontem

No fundo cravam territórios alados

E se colocam aos olhos

Das folhas em planos passados.


Não tentem fugir da compreensão

De meu olhar triste

A se sentir abandonado

Pela própria figura no espelho.


A busca do homem

A fazer a sua viagem interior

Sempre estará ali, inertes.


A cada caminho pela imagem interior

Sempre podemos perceber

Eles nos trazem o bem a todos.


Em qualquer hora do dia

O tom fúnebre da barbárie

Nos demonstram a certeza escarlate

Dos modos dos olhares vindouros

A relegar aos fios do poste

As marcas espaciais de um Mundo.


De leituras insensatas

De preconceitos estabelecidos

De palavras a navalhar o bem.


Ao entrarmos nos recantos 

O azul do todo versátil

As gêneses das coisas serão vistas

Junto aos colibris de plumagem azulada.


Nas taças amargas do presente

O fel das memórias

Hoje cintilam todas as dores 

Postas no copo pardo

 Do vazio das saudades.



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