Por Eric Costa e Silva
No
Horizonte do Tep(l)o das lágrimas
Onde
pousam carcarás, acauãs e urutus brancos
A
árvore que cresce a cada dia
Pelo
poeta oculto foi semeada
E
dela se viu grandes frutos.
Com
tanto sucesso nos ares frondosos
Dos
sabores de mil e um gostos
Lothur
com
sua águia em escudo de rosas
Mais
uma vez lançou
mãos de suas trapaças
Buscou
nas técnicas de sua arte
A
arte de tomar vozes.
Enquanto
isso o poeta
Que
relutante em todas as cores
Estufou
o peito para dizer
O
tronco, os
frutos
e os ramos desta árvore
São
Brilhos de minhas fontes.
E
as fontes pirilampam no
chão gelado
Na
cela da polifonia da andorinha viajam
Na
mesa do general se
põe em planos
Na
taça dos loucos a
vida se esvai na lousa da parede
Na
menina linda do pombal que
o traz flores
Na
ironia dos pulos behaviorista
Ou
mesmo na luz dos decaídos
O
pré estabelecido o faz ser esquecido.
Para
o poeta ainda basta o amanha
Mesmo
não tendo tão pouca idade
Ele
espera o avançar do tempo
Que
quem sabe deve restaurar a verdade
Um
dia posta na prateleira
Vista
nas infovias dos mil mares
Carimbadas
feito com o punhal pontiagudo
Daqueles
homens que não suam
E
tomam para si o suor de outro.
Mais
o que tem o poeta hoje?
Apenas
indiretas poéticas
Tão
diretas como a infinidade do céu
Que
um dia se abriu em brindes
Antes
mesmo do alimento da troca de sangue
Tão
vulnerável dita e redita
Apenas
tem a honra de dizer
Tudo
nessa árvore sou eu.
Um
dos dedos dum escolhido de Lothur
No
meu quadro-negro
Já
vai fazer aniversário
Enquanto
eu mais uma vez
Vou
ao bar beber um
refri de uva.
Levanta
Leitor!
Não
seja você um boneco ventriloco
Nem
mesmo mais um inconsequente
A
andar pela paisagem árida dos moinhos.
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