Por Eric Costa e Silva
No
jardim da saudade está o poeta
Na sua
eterna busca pelo novo
A receber
a brisa da lagoa no rosto.
As
margens dela se tornam mais espessas as luzes
Estas se fundem as margens do seu ser
Dando a
ambas uma maior revelação das doutrinas
Sendo
todas tomadas pelo ar armado
Das
lisonjeiras pétalas de chumbo.
Onde
estão as belas inatas palavras
Um dia tomadas do poeta
Dadas a outros mitos
Se não
aqui nas paginas amarelas
Desta
minha inútil imaginação
Sempre a
espera dum novo enredo.
Enredos
de pétalas e chumbo
Vidas que
se vão aos montes
Sem mesmo
dizerem adeus
Ou
tocarem a face da alegria.
Pétalas
que são mais que flores
Chumbo
tal qual o céu de inverno
Chumbo tal qual a ordem das vozes roubadas
A esfriar
os cabelos da menina
Ou só um
fim de saudades a unir um só desejo.
E cá
estão o homem e a poesia
Um a
esperar o outro
Com um
sorriso mais tenro de fevereiro
Sempre
dito aos cantos da paisagem.
Poesia é
sempre mais que imagem
O homem
não é só esta forma
Nem mesmo
apenas semelhança
Eles são
em si algo divino
A regar
as profundas respostas
De tudo
aquilo que um dia
Nos
pegamos a perguntar ao vento.
Onde estão as palavras
Os gestos de amor
Onde estão os homens
Das novas margens do rio.
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