Por Eric Costa e Silva
Com
o sol a pino no centro da certeza
Os
sinos badalam doze vezes
Enquanto
na praça central
As
famílias caminham alegres para as compras.
A
cada badalar dos sinos
Eu
sentado em um dos seus bancos
Tendo
a sombra de um coqueiro gigante
Penso
no império das dúvidas e das hipóteses.
Na
vida todos prezamos pela verdade
Mesmo
que nas páginas coloridas
Das
paisagens em papel e digital nacionais e regionais.
A
verdade não esteja tão límpida aos olhos leigos
Com
um pouco de tato podemos fazê-la brilhar
Na
frente de nossa visão de gente experimentada.
Ver
na dúvida uma deusa superior
A
espreitar suas mãos leves
Em
nossas faces sedentas pela negação da negação.
É
mirar passos em classes
Que
nunca se encontrarão de olhos juntos
Com
a verdade do amor universal.
Quem
prende-se apenas na dúvida
Torna-se
incapaz nos dias comuns
De
sentir o brilho sincero de um abraço amigo.
Algo
devemos apreender nas mudanças
Não
foram as deusas dúvidas
Um
dia as responsáveis pelo novo
No
olhar daquele mar mudado
Também
um dia existiu latente
A
vontade de ser novo.