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5/09/2015

A DUVIDA



Por Eric Costa e Silva


Com o sol a pino no centro da certeza
Os sinos badalam doze vezes
Enquanto na praça central
As famílias caminham alegres para as compras.

A cada badalar dos sinos
Eu sentado em um dos seus bancos
Tendo a sombra de um coqueiro gigante
Penso no império das dúvidas e das hipóteses.

Na vida todos prezamos pela verdade
Mesmo que nas páginas coloridas
Das paisagens em papel e digital nacionais e regionais.

A verdade não esteja tão límpida aos olhos leigos
Com um pouco de tato podemos fazê-la brilhar
Na frente de nossa visão de gente experimentada.

Ver na dúvida uma deusa superior
A espreitar suas mãos leves
Em nossas faces sedentas pela negação da negação.

É mirar passos em classes
Que nunca se encontrarão de olhos juntos
Com a verdade do amor universal.

Quem prende-se apenas na dúvida
Torna-se incapaz nos dias comuns
De sentir o brilho sincero de um abraço amigo.

Algo devemos apreender nas mudanças
Não foram as deusas dúvidas
Um dia as responsáveis pelo novo
No olhar daquele mar mudado
Também um dia existiu latente
A vontade de ser novo.