Por Eric Costa e Silva
Outra
manhã se esvai no relógio de parede
Nos
meus devaneios lembro-me de gente normal
Que
teima em suas palavras em voltar-me com rótulos
Duma
essência de uma linha ilusória.
Cada
laço dessa linha
Posta
nas duas margens do rio
Eu
faço muito esforço para compreender seus momentos
A
romperem os cânticos de eternidade
Com
palavras agressivas de um leão faminto.
Quem
nesta vida inteira
Nos
lugares de qualquer cidade
Nos
pode impor o que é normal?
Hoje
os imponentes da normalidade
São
os mesmos homens esquálidos
Que
de suas mesas ceifam vidas em escala.
Quem
nesta vida inteira
Nos
lugares de qualquer cidade
Nos
pode impor o que é normal?
São
essa gente que nos dias
Em
vontades desproporcionais de guerra
Ou
mesmo de ódio ao outro
Caminham
seus dedos em riste
Aos
narizes de todos
Para
apontarem o ser normal.
Cada
palavra dita em nossas faces
Suas
canetas de altos valores
Nos
fazem engolir desejos
Numas
escritas que nas bocas
Coloca-me
como mais um desvairado.
Eles
estão corretos?
Se
lutar a todo minuto
Por
uma sociedade mais justa
É
existir em plena pluma de loucura
Então
sou o mais desvairado de todos.
Se
amar ao próximo, mesmo a distância
Ou
amar mesmo sem ser amado
Sem
tê-la em meus braços
Naquelas
noites frias de cansaço
É
viver em pedras puras de loucura.
Então
julgue-me
mais uma vez
Adentre
a sala com seu senso
Aponte
seu dedo para meu ser
Porém,
saiba! Nada me faz mudar
Sou
um humanista por opção.
Não
adianta julgar-me
Enquanto
no meu eu
Viver
o castelo de palavras poéticas.
Vou
ser um homem feliz.