Por Eric Costa e Silva
Ontem
o céu azul trazia gentil
A
briza dos quarenta graus
O
poeta poente teimava sonhador
Em
semear as palavras em meio ao deserto.
Enquanto
no oásis nadavam os sonetos
Sob
olhar atento de umas duas ou três odes de amor
Ambos
escutavam três ou quatro trovas
No
ar saracoteava as vozes honrosas
De
sete Alexandrinos perfeitos.
Todos
um dia sonhamos com família
Sair
de domingo a noite para sentir o frio
Tudo
normal aos olhos de quem sabe
Que
um dia seu herdeiro
Será
a única parte de um passado
A
seguir com passos por essa terra.
Com
o tempo as palavras se vão
Mesmo
no deserto dos dias tropicais
Saltam
as vontades de ser elas bem quiistas
Quem
sabe saboreadas num churrasco de fim de semana.
Cada
poesia que se faz de um poeta
Sai
pela estrada dos dias
Como
uma parte conjunta de uma árvore colossal
De
um tempo que foi o de seu poeta.
Cada
poesia que se faz de um poeta
Sai
pela estrada dos dias
Sejam
estes inspirados em gente dê sua vida
Ou
quem sabe, nas vidas foleadas
Do
passado que um dia não viu seus passos.
Uma
poesia no deserto fica ali parada
Um
poeta no deserto de seus dias
Pode
sofrer as contas do rosário dos desterros.
Cada
poesia no ar ecoa em grãos de areia
Cada
poeta no ar viaja ao Mundo que quiser
Cada
leitor que os lê, também viaja
Sobre
o cavalo alado de sua imaginação.
Poetas,
Poesias e Leitores
Todos
os são um só no deserto
A
procura de um caminho seguro
Para
virar a próxima página.
Poetas,
Poesias e Leitores
Todos
os são um só no deserto
A
procura de um caminho seguro
Para
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