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5/04/2015

POETAS, POESIAS E LEITORES



Por Eric Costa e Silva

Ontem o céu azul trazia gentil
A briza dos quarenta graus
O poeta poente teimava sonhador
Em semear as palavras em meio ao deserto.

Enquanto no oásis nadavam os sonetos
Sob olhar atento de umas duas ou três odes de amor
Ambos escutavam três ou quatro trovas
No ar saracoteava as vozes honrosas
De sete Alexandrinos perfeitos.

Todos um dia sonhamos com família
Sair de domingo a noite para sentir o frio
Tudo normal aos olhos de quem sabe
Que um dia seu herdeiro
Será a única parte de um passado
A seguir com passos por essa terra.

Com o tempo as palavras se vão
Mesmo no deserto dos dias tropicais
Saltam as vontades de ser elas bem quiistas
Quem sabe saboreadas num churrasco de fim de semana.

Cada poesia que se faz de um poeta
Sai pela estrada dos dias
Como uma parte conjunta de uma árvore colossal
De um tempo que foi o de seu poeta.

Cada poesia que se faz de um poeta
Sai pela estrada dos dias
Sejam estes inspirados em gente dê sua vida
Ou quem sabe, nas vidas foleadas
Do passado que um dia não viu seus passos.

Uma poesia no deserto fica ali parada
Um poeta no deserto de seus dias
Pode sofrer as contas do rosário dos desterros.

Cada poesia no ar ecoa em grãos de areia
Cada poeta no ar viaja ao Mundo que quiser
Cada leitor que os lê, também viaja
Sobre o cavalo alado de sua imaginação.

Poetas, Poesias e Leitores
Todos os são um só no deserto
A procura de um caminho seguro
Para virar a próxima página.

Poetas, Poesias e Leitores
Todos os são um só no deserto
A procura de um caminho seguro
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