Por Eric Costa e Silva
Buscar
compreender o incompreendido
Saber olhar além da Paisagem
Ver os
gestos de outra dimensão também é poesia.
Há tempos não tinha uma tarde especial
Uma
nova possibilidade de agir
A
cada passo fazia minha alma incandescer a cada quadro.
Todo
o brilho de ontem na minha visão
Se
esvaia em cada gesto de vai e vem
Todas
as palavras de respeito as mulheres
Neste
ato o transformava num desconhecido.
O
bate pau ao ouvir minhas queixas
Relampeja
a apanhar uma grande corda grossa
Tiradentes
choraria ao vê-la nas mãos.
Na
outra nuvem o poetinha Vinícios sorriria
Ao
ver a piada pronta
De
alguém que topa com o portão.
Entre
xingamentos, buscas para abrir o cinza de entrada
E
uma corda já esticada pronta para mentir
Aos
olhos da eternidade hoje encarnam os dias.
Duas
ou três memórias cantadas
Junto
de um fósforo a ser queimado
Um
pequeno barulho duma corda maior se desenrola.
Entre xingamentos,
gritos de pare e olhares perplexos
Um
rastilho de corda se queimando é escutado
Enquanto
a raiva faz a acauã voar rápido.
De
repente, não mais que de repente
O
sino dobra por toda a cidade
Durante
hoje se faz em esquecimentos.