Por Eric Costa e Silva
Sobre
brumas espumantes de linhas corpóreas
Os
campos multidimensionais se fundam em espelhos
A
cada reflexo encontramos uma força a se fazer incomum.
Cada
um deles em únicas formas
Nos
faz compreender as diversidades dos traços
De
todos os ditos desta vida.
A
caminhar nesta estrada torta e triste
Dum
poeta meio iludido com tudo
Não
mais suporto a ideia vaga de vagar
E
nele ficar a busca das observações incessantes.
Nessa
estrada já estive em muitos lugares
Até
mesmo em alguns vazios
O
vazio pode surgir em todos os lugares
Nele
alguns dizem:
—
Nada floresce no vazio.
Com
minha poesia pude semear
O
vácuo de lugares vazios
Onde
as partes ainda não foram sonhar.
Assim o poeta vai vagando
A semear campos e vazios
Com suas palavras de origem.