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11/04/2012

Forças de Segurança ocupam Complexo de Manguinhos


Segurança





Foto Divulgação Secretária de Segurança do Rio de Janeiro, hasteamento das bandeiras do Rio de Janeiro e Brasil.















“na hora que chegou a notícia da ocupação da comunidade, ficamos bastante tensos, evitamos sair à rua e passamos a orar para tudo ocorrer com tranquilidade”, diz moradora.

Por Eric Costa e Silva

            Nas eleições de 2006, no Estado do Rio de Janeiro, o então candidato Sérgio Cabral ao cargo, em resposta as indagações da imprensa e da população, pontuava a necessidade de planejamento de uma forma direta de combate ao crime organizado.
Com a sua vitória no pleito, Sérgio Cabral, o plano de ação de segurança prometido para o Estado foi implementado em 2008, com o nome de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
A UPP consiste em uma estratégia de segurança comunitária com objetivo maior de recuperar territórios controlados pelo tráfico e milícias.
No domingo, 14 de outubro por volta das 5 horas da manhã se iniciou a operação de retomada do Complexo de Manguinhos, controlado pela facção criminosa Comando Vermelho.
O Comando Vermelho nasceu na penitenciária de Ilha Bela, Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro e é fruto do relacionamento dos presos comuns (na maioria pertencentes ao grupo Falange Vermelha) com os presos políticos (todos com orientação socialista). Rapidamente a nova organização, expande sua influência para todo território carioca e fluminense.
Antes da operação das forças de segurança, a facção criminosa tinha a posse da Comunidade do Complexo de Manguinhos desde a década de oitenta. Nesse período de controle, o CV manteve o monopólio da venda de drogas, gás, instalações clandestinas de redes via cabo (internet e televisão) e estabeleceu regras próprias para todos, incluindo um tribunal de julgamento paralelo (o mesmo tem a função de decidir entre a vida e a morte dos moradores e dos meliantes locais).
O Complexo de Manguinhos é um bairro-favela da cidade do Rio de Janeiro, localizado na Zona Norte da cidade, compõem o seu território a Comunidade Mandela de Pedra, Comunidade Nova Era – Embratel, Parque Oswaldo Cruz, Parque João Goulart, Conjunto Habitacional Nelson Mandela, Vila União, Comunidade Agrícola de Higienópolis, Vitória de Manguinhos – CONAB, Parque Carlos Chagas, Vila São Pedro, Vila Turismo, Vila Vitória / Chupa Cabra e o Conjunto Residencial Samora Machel. Nos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fixam a população do Complexo de Manguinhos em aproximadamente 36 mil moradores.

VÉSPERAS DA OPERAÇÃO
  
No dia 13 de outubro de 2012. A Secretaria de Segurança Publica do Rio de Janeiro, através de seu Twitter, anunciou a ocupação da Comunidade de Manguinhos no dia 14 de outubro.
No linguajar popular o Complexo de Manguinhos é conhecido como “faixa de gaza”, alusão ao território do oriente médio e seus conflitos armados.
Poucas horas depois do anúncio da ocupação, a notícia se espalhou em vários meios de comunicação.
A comunidade do Complexo de Manguinhos passou a temer o enfrentamento das Forças de Segurança e o Comando Vermelho (CV). Um clima de incerteza tomava conta de muitos, a estudante de Pedagogia Joanice Rocha Fagundes, moradora da área, nos disse, “na hora que chegou a notícia ficamos bastante tensos, evitamos sair à rua e passamos a orar para tudo ocorrer com tranquilidade”.

Segurança Pública.

Na Constituição Federal do Brasil. A Segurança Publica está disposta no artigo 144, nela o direito pétreo estabelece, “é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.
No campo conceitual, está positivado. As regras jurídico-sociais vigentes as ações de segurança pública são voltadas de forma a garantir os direitos básicos do cidadão, logo a mesma é compreendida como um processo focado em componentes preventivos, repressivos, judiciais, de saúde e sociais. Contudo, os objetivos das políticas de Segurança Publica, devem ser percebidos como um processo sistêmico entre os entes (Governo Estadual, Municipal e Federal) do Brasil e as populações de seus territórios.
O funcionário do Ministério da Justiça de férias em Araçatuba nos recebeu na casa de sua mãe. Alex Batista de Souza nos auxilia no aprofundamento do entendimento da questão, para ele, “a segurança pública não é apenas vigilância e repressão. Ela é um instrumento da prevenção, por isso existe o direito preventivo”. Batista avalia o cenário Brasileiro e cria um paralelo entre a realidade das relações da Justiça com as pessoas, “o Estado sozinho não faz nada, falta à população um maior vinculo com os debates de segurança. Nas ultimas pesquisas referentes à preocupação do eleitorado de Brasília, fica claro, a segurança só aparece em 4˚ lugar. A maioria das pessoas apenas procuram os órgãos públicos de segurança quando algo os desagrada”.
Em artigo publicado pelo Centro Universitário Unieuro de Brasília, Emerson Clayton Rosa Santos trabalha o conceito de segurança pública. Seu texto favorece nossa percepção do assunto e estabelece, “numa sociedade de democracia plena, a segurança pública garante a proteção dos direitos individuais e assegura o pleno exercício da cidadania. Neste sentido, a segurança não se contrapõe à liberdade e é condição para o seu exercício, fazendo parte de uma das inúmeras e complexas vias por onde trafega a qualidade de vida dos cidadãos”.

HISTÓRICO DA VIOLÊNCIA NO RIO.

            O doutorando em Geografia da Universidade de São Paulo, Danton Leonel Bline, declara, “a violência na cidade do Rio de Janeiro é resultado de uma política estrutural e está ligada ao avanço das desigualdades sociais, bem como da degradação das condições de vida através da concentração de terras e riquezas e do próprio crescimento demográfico das populações pobres, historicamente empurradas para os morros”.
Quanto a violência, Blini acredita, “esses atos estão ligados a crise das instituições formais de poder do Estado (poderes legislativo, executivo, judiciário), bem como a existência atual da manutenção de privilégios de classes sociais. Não podemos esquecer a atual crise de valores republicanos (respeito à lei) e democráticos (igualdade, liberdade, fraternidade e dignidade) e por fim os problemas apresentados vão ajudar na espacialização das formas capitalistas empresariais de atuação de grupos criminosos (traficantes, milícias, corporações fraudulentas) na fixação de estados paralelos”.
Na revista do Movimento Viva Rio de março de 2003, Rubem César Fernandes, antropólogo e ativista do grupo, descreve, “nos anos oitenta, num contexto nacional de estagflação (situação típica de recessão e diminuição das atividades econômicas e aumento dos índices de desemprego), combinado a perdas no Rio por conta ainda da mudança da capital federal, um fator externo intervém, transformando o contexto da violência: expande-se o comércio local de drogas ilícitas. O varejo da venda desenvolve-se com o controle armado de favelas e bairros pobres por uma nova geração criminal”.
Esta nova geração da qual Fernandes aponta, é a facção criminal batizada de Comando Vermelho. Os seus membros controlaram boa parte do território do Estado do Rio de Janeiro, estabelecendo leis próprias e constituindo um estado paralelo.

Intertítulo: UPP, ONU E COMUNIDADES.


Mapa divulgado pela Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro.
















A partir do final de 2008, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da estratégia de segurança comunitária, criou a Unidade de Polícia Pacificadora. Um dos objetivos maiores dessa linha estratégica é o de recuperar territórios controlados pelo tráfico e milícias.
Atualmente as Unidades de Polícia Pacificadora estão atuando nas comunidades do Morro Santa Marta, Cidade de Deus, Jardim Batam, Babilônia, Chapéu Mangueira, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Tabajaras, Cabritos, Adeus, Providência, Borel, Formiga, Salgueiro, Turano, Macacos, São João, Matriz, Quieto, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho, Rocinha, Vila Cruzeiro, Fé/Sereno, Vila Proletária da Penha, Vidigal, Nova Brasília, Andaraí, Prazeres e São Carlos do Estácio.
Conjuntamente a ocupação policial dos territórios pacificados, o Governo do Estado do Rio de Janeiro em conjunto com governo Federal e Municipal promovem um projeto chamado de UPP Social, este visa à integração urbana, social e econômica das comunidades retomadas pelo poder Oficial.
A gerente de conteúdo da Assessoria de Comunicação da UPP Social, Ana Beatriz Duarte, exemplifica a participação da organização, “agimos no planejamento e implantação da nova logística de lixo desenvolvida pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana para os territórios pacificados”.
Com relação às atividades ambientais da UPP Social, Beatriz continua, “mobilizamos a comunidade para a definição de pontos de instalação dos contêineres de coleta e para ações de conscientização e reciclagem”.
Sobre outras funções da UPP Social, Beatriz diz, “colaboramos com as iniciativas de ordenamento do trânsito, de identificação de famílias elegíveis para benefícios sociais; de recuperação de espaços públicos e de saúde”.
A UPP Social também está inserida no programa ONU Habitat. A função da organização internacional é a articulação de estudos científicos com a finalidade de produzir o desenvolvimento local nos territórios pacificados. Os resultados das pesquisas realizadas são utilizados em projetos de políticas públicas e visam a oferta de serviços tanto pelos governos (municipal, estadual e federal), bem como por meio de iniciativas da sociedade civil e da iniciativa privada.

RESULTADO DA OPERAÇÃO.

Ao contrário do temor da comunidade local, a operação ocorreu sem nenhum enfrentamento entre as forças de segurança e a facção criminosa local.
De acordo com a Seseg a atuação direta da Polícia Militar, com os Batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope), de Choque (BPChq), de Ação com Cães (BAC), do Grupamento Aéreo-Marítimo (GAM), e mais a colaboração da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária e da Marinha, resultou na prisão de quatro pessoas, todas procuradas por serem suspeitas de delitos, tais como tráfico e assassinato.
Ainda durante a retomada da comunidade, foram apreendidos dois revólveres, uma submetralhadora, uma pistola, duas granadas, 666 trouxinhas e 13 tabletes de maconha, 10 kg de pasta base de cocaína, 4 kg de cocaína refinada, dois carros, duas motos e 106 frascos de lança perfume.
Quanto ao prazo para estruturação da UPP Manguinhos a Assessora de Imprensa da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Renata Souto, informa, “o Governador Sérgio Cabral vem dizendo em entrevistas. A meta de viabilização da UPP Manguinhos é prevista para no máximo até janeiro de 2013”.
Segundo Joanice Rocha Fagundes, o pior não aconteceu e a população ganhou as ruas depois de três horas da ocupação, “eles (força de segurança) fizeram o trabalho deles, todos fomos revistados ao sair da comunidade”.
No dia 15 de outubro, Renata Souto, esclarece, “com a retornada do território e a presença da polícia, as comunidades tem de volta as garantidas da presença do Estado e dos serviços essenciais. No caso de Manguinhos, hoje, as concessionárias de luz e de lixo puderam entrar nas vielas e realizar serviços não permitidos antes pelo tráfico, as empresas realizaram trocas de lâmpadas e recolheram lixo e entulho”.

10/07/2012

Jornalismo e Cidadania: Visões iniciais.




Por Eric Costa e Silva.


A cidadania é tema fundamental para a construção da democracia, ambas são diametralmente imbricadas com o jornalismo. Para a boa compreensão básica, faremos um panorama pela História dessas relações. Nada muito aprofundado, porém com alguma relevância inicial a quem procura informar-se sob a matéria.
Na Grécia antiga o conceito de cidadania pode ser considerado incompleto, pois pela própria essência da constituição da sociedade grega, onde só era admitido como cidadão uma pequena parte constante do núcleo decisório e cidadão das polis, essa parcela mínima da sociedade era concedida aos homens livres e que não trabalhavam.
Já no período feudal, a cidadania era encarada a partir das próprias pré-disposições da aristocrácia e do clero, aqui ocorre um maior distanciamento do homem para com a cidadania, pois o divino é pleno e coletivo, mas os cidadãos não podem referir ao mesmo, essa tarefa fica a cargo da Igreja. Nesse sentido mesmo mitificado em uma concepção divinal, logo podemos aferir que se revela aos nossos olhos, o primeiro principio de cidadania ligada à forma individual.
Junto com o individualismo posto na prática feudalista, ergue-se a burguesia liberal que não estava contida no roll de status e estratificação social, mas ela já acumulava os primeiros capitais provenientes do comércio. Com os lucros captados pelos burgueses liberais, a mesma passa a nutri em si mesma a gênese do capitalismo e a partir desse modelo de produção, inicia-se a construção da narrativa liberal para constituir a hegemonia burguesa. Assim o burgo toma para si a noção individual e contribui com ações de individualização do Estado, tomando para si as rédeas do mesmo.
Para a constituição dessa predominância capitalista, a novidade criada na Alemanha por Gutemberg é crucial, pois ela de inicio vai inspirar tanto a luta contra o clero, além de atuar diretamente no novo modelo proposto, seja pelos exemplares das gazetas entregues nos portos (com a finalidade de informar o horário da chegada dos barcos e os preços de mercadorias), quer seja também pela criação da comunicação de massa ou dos próprios ideais liberais defendidos abertamente nestes novos veículos de informação.
Nos tempos contemporâneos ao lado do conceito de cidadania, surge outro, denominado de nova cidadania. Dentro desses conceitos, existe uma vasta obra que trata da criminalização dos movimentos sociais urbanos e rurais. Hora! Basicamente como ocorre essa tal criminalização? .
De certa maneira, ela se assegura a partir das coberturas do agendamento da mídia e das próprias técnicas de redação.
No agendamento negativo, todas elas surgem com informações pautadas em conteúdo pejorativo, tais como, “invasão”, “subversão”, “esquerdistas”.
No referido a técnicas de redação, analisamos, em uma busca rápida através da rede mundial de computadores, constatamos que outro fator relevante é aquela onde se observa, no caso de matérias que ouvem o MST, na maior parte delas, nenhuma fonte aparece no lide da matéria, isso, já demonstra certa tendência à ocultação da relevância das palavras dos lideres desse movimento rural, pois o lide é parte fundamental para o interesse do leitor.
Uma bela contribuição que relaciona a compreensão entre Jornalismo e Cidadania são os conceitos de Victor Gentilli. Neste, colabora afirmando, “um jornalismo produzido em condições de oferecer, da melhor maneira possível, uma forma de conhecimento do mundo, que permita ao cidadão as condições de escolha quando se tratar de direitos políticos, que ofereça as informações básicas (jornalismo de serviços) para desenrolá-lo e o cotidiano de suas atividades deve pensar a práxis do profissional no contexto amplo da ampliação da cidadania, do pluralismo, da liberdade, da democracia”.
Já a complexidade do conceito de nova democracia para Evelina Dagnino, nos informa que "ao contrário da concepção liberal, não se vincula a uma estratégia das classes dominantes e do Estado para a incorporação política progressiva dos setores excluídos, com vistas a uma maior integração social, ou como condição jurídica e política indispensável à instalação do capitalismo. A nova cidadania requer (e até pensada como sendo esse processo) a constituição de sujeitos sociais ativos, definindo o que eles consideram ser os seus direitos e lutando pelo seu reconhecimento. Nesse sentido, ela é uma estratégia dos não-cidadãos, dos excluídos, uma cidadania ‘de baixo para cima".
Estas são considerações envoltas a esse promissor tema atual do jornalismo. Em nenhum momento, o deste artigo, esteve presente o objetivo de finalizar o debate do conteúdo, alias, a nosso ver, o mesmo, ainda tem muita lenha a queimar.

10/05/2012

A ideologia tem lugar no Jornalismo?




Por Eric Costa e Silva.

Os cânones jornalísticos que remontam ao inicio do século passado nos apresentam as idéias para que o jornalismo seja considerado de boa qualidade, neste, invariavelmente consta a imparcialidade, a isenção e a objetividade tanto do veiculo como do profissional de jornalismo.
Muitos dos seguidores destes postulados que ainda caminham pelos corredores dos cursos de Jornalismo, esbravejam aos quatro ventos que no jornalismo não existe espaço para a ideologia.
E o que fazer com os jornalistas que tem uma opção ideológica clara? Caso se encaixe no perfil de jornalista com ideais, você tem uma saída. 
O livro reportagem na sua essência admite que o seu criador expresse os seus valores, onde pode constar neste o aspecto relevante da resistência. Entenda-se resistência o ato de voltar contra a ordem do modelo proposto nas décadas de 20.
Vale ressaltar, em um tempo não tão passado assim, as dificuldades de implantação de grades curriculares que contivessem a disciplina de Jornalismo Literário (uma das bases do Livro Reportagem) e da própria escassez de estudiosos e materiais teóricos voltados a essa área de concentração era pouco trabalhado.
Não podemos esquecer. O conhecimento dos conceitos e características desse campo são essenciais para escrevermos um bom livro reportagem.
Hoje universidades conceituadas como a UNESP de Bauru, a Universidade Nacional de Brasília, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul entre outras, trazem mestrados e doutorados nessa área de concentração. 
Muitos são os simpósios, colóquios, congressos e trabalhos teóricos qualitativos apresentados a sociedade.
Para quem gosta e quer começar a trilhar caminho nas linhas do jornalismo literário e escrever um livro reportagem, indicamos que se faça um estudo das obras de Edvaldo Pereira Lima. A sua contribuição é extensa e em uma delas ele contextualiza, “o livro-reportagem cumpre um relevante papel, preenchendo vazios deixados pelo jornal, pela revista, pelas emissoras de rádio, pelos noticiários de televisão. Mais do que isso, avança para o aprofundamento do conhecimento do nosso tempo, eliminando, parcialmente que seja, o aspecto efêmero da mensagem da atualidade praticada pelos canais cotidianos da informação jornalística”.
Consideramos importante a disciplina de Jornalismo Literário, pois é nele que podemos aprofundar a noção do livro reportagem, sem que exista divisão de espaço-tempo com outros conteúdos. 
Com a matéria nos bancos dos cursos de jornalismo, poderíamos discutir de forma mais clara, conceitos diferenciais existentes no cerne do livro reportagem, ou seja, estou falando de jornalismo informativo apenas extensivo, jornalismo interpretativo extensivo e intensivo, jornalismo opinativo de lugar de proteção de princípios, jornalismo investigativo e suas nuances de denúncia e o jornalismo de lazer, conceituado como diversional. 
Voltando as vacas frias do jornalista com posição ideológica, finalizamos. Não será nessa oportunidade que esclarecerei as diferenças contidas entre correntes de pensamento de esquerda, direita e centro. 
Porém com certeza você verá aqui nesse blog algo sobre o tema.

9/14/2012

EU OSTRA



Por Eric Costa e Silva

Na faixa dorsal do esquecimento
Não fico mais sozinho
Os versos estão comigo.

Cada um deles se faz em pó
De uma eterna luta poética
Nos meandros da busca dessa prova
Nela em mim (re) vivo os vilipêndios do passado.

Cada um deles leva-me a rua
Nas curvas e retas de Histórias vividas
Nas faces do sentimento que teima em não passar.

Meus passos se deparam meio vassalo
Sob a ponta firme incandescente
Todos eles saem do conforto da esfera individual
Para quem sabe navegar em mares coletivos.

Quero que saiba amigo (a)
A ingenuidade da criança
Mesmo que sejamos jovens ou adultos
Todos nós carregamos em nossa vida.

Agora nesta estrada torta e sem mágoa
Apenas espero que lembre das minhas palavras.

Sim! Minha cara amada.

Os dados estão postos no chão da sala fria
Todos os foram na sua mente
Todos os foram no chão da sala fria
Todos os foram no meu peito.

Na minha aparição multicolorida
A alegria da compaixão se engendra
Uma máxima peculiar coexiste
E é ela o sabor cordial da humanidade.

Sou Humanista até a morte.

As vontades desse mar de lembranças
Me aquece o coração
Explode-me por dentro
Levando meu rosto por terra.

Dentro do laço da imaginação
Nervoso por vezes grito
Inúmeras metas traço
Todas pra compreender o antigo.

Pra atuar no presente
Pra garantir um futuro.

Hoje, ontem e amanhã!

Todos eles toques
De um tolo em versos
A espera do paraíso
No planeta territorializado.

Mesmo na virtude de tanta gente
Vidas levadas ao mesmo espaço
Fazem-se companheiros meus
O lápis e o papel a rabiscar o as carnes.

Ao sentar no transporte urbano
Apenas reparo às belas fachadas iluminadas
A encantar a vontade
De quem sabe um dia
Saber que somos todos a mesma acácia.

No campo dos lírios da liberdade
Dinâmicas são as palavras
Ali estou! Ao lado delas
Parado a entrega da observação

No mar das lembranças
Nas esquinas da realidade de hoje
Só posso fitar a lua!

O pulsar do vai e vem espiral
Do salgado vulto d’água
A bater nas pedras suaves
Da minha frágil imaginação.