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6/24/2015

JARDIM SUSPENSO



Por Eric Costa e Silva

Nos jardins suspensos dos meus dias
Outra vez nas ideias de um passado do presente
Vago a folhear tudo o que já vivi.

Neste jardim quase secreto
Ali! Escondi tudo que amo
E não me digas que não sabe
Que também escondi meus sentimentos.

As notas de agradecimento de um desconhecido
As notas de aula donde saltavam novos saberes
As notas de poemas de amor
Que um dia tentei endereçar a você.

Tudo que é belo cabe no meu cabidel
As flores de canto da parede
Os sorrisos largos acompanhados
As noites supremas a espera de uma resposta.

Seja bem-vinda a chuva de lembranças
A brindar com as lágrimas no desterro
Sempre bem quiistas para quem deseja
Nos ver bem abaixo do volume morto.

Seja dito nesses dias de lembranças
Mesmo em meio a estes jardins suspensos
Uma pessoa sozinha, não pode amar.

Uma pessoa sozinha que ama
Apenas pode sonhar 
Plantar novos laços

E desenhar flores nesse imenso jardim suspenso 
Que ainda tenho em mente
Nas flores de gente
A espera contente.

6/12/2015

PÔR DO SOL


Foto de Beatriz Medeiros de Melo


Por Eric Costa e Silva

A paisagem não é apenas aquilo que vemos
Sentença batida na minha mente e na voz
Desde os idos de um tempo
Dos meus dezenove anos.

Naquela tarde já sentia nos olhares
O meu presente malgrado em certos rostos
Eles ainda tentam levar-me ao solo.

Uma piada desproporcional
Uma cara de desconfiança
Uma decisão onde o cajado das palavras
Reluz a sina do eu preterido.

Não falta-me a esperança hoje
Algum dia na minha liberdade sonhada
Não darei mais chances para a tristeza.

Um dia estarei mais além de apenas meu querer
Nem mesmo deixarei possibilidades vividas
Serem apagadas pelo respeito não recíproco.

Na praia das minhas memórias
Onde nem pássaros são acasos
Uma palavra de carinho cabe.

Em toda escala planetária
Nem todos estão preparados
Para aplaudir o pôr do sol.


Depois de um certo artista ganhar o jabuti
Pra que olhar para o céu, quase virou lei
Nos cantos periféricos do campo e da cidade.

O sol pondo-se no horizonte
Apenas os lembram os hábitos
Dum marco para o descanso
De seus trabalhos enfadonhos.

Nos cantos de minha vida cotidiana
Aprendi a olhar a beleza dos dias
Sentar no sofá da sala com minha solidão
E sonhar nas asas de minhas poesias.

No horizonte de uma noite a chegar
Sempre tenho a chande cordial da memória
Dum bom ouvinte, uma palavra amiga
Daqueles poucos que ousam estar ao meu lado.

Seja bem vindo nascer e pôr do sol
Inundem os olhos dos seus observadores
Faça de seu poder, um fôlego a mais nas nossas vidas.

6/11/2015

A PARTIDA





Por Eric Costa e Silva


Um poeta do cotidiano digireal
Não pode apenas viver
De momentos de alegria.

Ontem seu Severino virou estrela
Daquelas que está no céu
Para guardar os bons de coração.

Ontem seu Severino virou estrela
Daquelas que está no céu
Para iluminar os seus familiares
Que na linha da História
Levarão sua marca no sangue.

Essa poesia de partida
É um abraço de longe
Ao primeiro amigo que fiz no saguão
De minha já quase longínqua juventude.

A vida é assim, nos separa de cidade
Nos leva a virar homens estrelas
A única coisa que ela não pode fazer
É nos obrigar a esquecer de quem amamos.

Sim naquele saguão éramos três
E sei que nessa poesia triste
Na minha lembrança o somos mais uma vez.

Receba meus sinceros sentimentos Reinaldo Lopes
Gostaria de estar do seu lado
Erguer-lhe a mão e lembrar
Seu Severino sempre se fara presente.

Nas suas memórias dos dias alegres e tristes
Seu Severino sempre se fará presente
Também no sangue que corre
Nas suas veias e do pequeno Davi.

Agradeço a você seu Severino
Me deu a oportunidade de conhecer um amigo
Sentimentos, Praia e Família.

6/10/2015

AINDA TENTO


 Por Eric Costa e Silva

A manhã mostrava toda a sua beleza
O sol levantava mansinho no horizonte
Enquanto seu laranja se misturava as nuvens já quase azuis.

Sentado no pilar eu avistava os pássaros em revoada
Dentro de eu, crescia a necessidade de voar
Para outros lugares de minha imaginação.

De repente na mesma hora
Dada de todos os dias
Um rastro branco se faz no céu.

É mais uma vez um jato
Que leva meu sonho esquecido de criança
Sonho de um dia pilotar uma aeronave.

Pelas mãos, a menina é carregada
Mais um dia de aula que ela ainda não compreende
Os trabalhadores já se encaminham cabisbaixos
Para outro dia de labor.

E eu, um ser observador meio esquecido
Pego-me a poemar as vidas que passam
E eu, um ser sem sorte a vagar pela cidade
Ainda procuro olhar o Porto Seguro da bondade.

Um poeta pode ser solitário
Viver uma vida inteira de estranheza
Um poeta, só não pode deixar de sonhar.

 Ao sentar na escada dos nossos dias
Um poeta deve ler nos olhos de quem sobe
Suas vividas vontades de tempos
Ali, na poesia, deve estar presente.

Ao sentar na escada dos nossos dias
Um poeta deve escrever as poesias
De todo seu cotidiano
E em cada uma delas
Deve buscar olhar de alegria surgir em outros olhos

Dura a realidade, seria eu esse poeta?
A contar o cotidiano de forma
A colocar a felicidade na face dos leitores?
Não sei, mas ainda tento.

6/09/2015

AGORA NÃO É TARDE



Por Eric Costa e Silva

Belos oito dias das rosas de ontem
Um passo a frente, logo após outro ousamos esperar
A Humanidade hoje faz seu primeiro agradecimento.

Na Nação Alemã a primeira flâmula foi revigorada
As sete grandes potências entrelaçaram as mãos
Num toque vívido de reconhecimentos necessários
Do repensar as emissões de carbono.

Nossos futuros filhos caminharão pelo Planeta Terra
E hão de lembrarem desse novo do raio posto
Em nosso sol magistralmente empunhado.

Nossas vidas de hoje também agradecem as tentativas
Sonhamos por dias juntos com um Planeta diferente
Ainda acreditamos que há tempo no relógio.

Em cada correr dos ponteiros da vida
A nós deve ser percebido a nuvem branco
A transparecer em suas várias formas
Toda a beleza provincial dada na possibilidade de mudança.

Um passo a frente, logo após outro ousamos esperar
Os preocupados acenam de seus lares
Para a superação da estranheza que possa vir
E que o brinde desse tempo jamais seja contestado.

Nossas vidas de hoje também agradecem as tentativas
Sonhamos por dias juntos com um Planeta diferente
Ainda acreditamos que há tempo no relógio.


6/08/2015

A POESIA



Por Eric Costa e Silva

Um poeta poema aquilo que está na sua alma
Uma única palavra ao adentrar seu dia
Pode ser o incentivo que ele precisa
Para navegar nos sentimentos das poesias.

A poesia anda pelos barcos
Na luz do farol, nas montanhas
No ponto de ônibus de gente simples
Ela está até mesmo nas instruções da escola.

Para fazer surgir uma poesia
No seu cotidiano o poeta navega
A perceber todo o mundo
Que caminha junto dos seus passos.

Poemar é viver em laços de um tempo
Observar sem esquecer de viver à vida devemos
Quem observa vive a vida com mais sentido
Observar é um viver experimental.

A poesia que leva ao êxtase
Um dia andou solitária
Sob o manto da alma do poeta.
Quando dizem os pássaros em seu canto
A palavra doce do não me diga
Apenas espere que a pureza do caminho
Que as palavras se olhem em reencontro.

Um poeta poema aquilo que está na sua alma
Ele sabe ler os caminhos postos
Que mostram traços de sua felicidade de hoje.

Não me diga? Sim eu digo.

As palavras de ontem
Agora são três
Obrigado, seja feliz.

6/07/2015

AURORAS VIGIADAS



Por Eric Costa e Silva

Seguidas horas caminhando no ártico imaginário
Na madrugada da primeira lembrança da interiorização
De pé me deparo a olhar o céu
Ali, presente a apresentar as curvas das auroras boreais.

As auroras em toda a sua beleza
De várias formas tocam o meu ser
Onde vago pelo infinito dos sentimentos.

Cada uma das pegadas dispostas
Jorra o brinde da linha natural
Dispostos em um laço linear
Entre o consciente e o subconsciente.

Neste enlace de dias após dias
As vezes nos sentimos vigiados
Passo depois de passos nos deparamos
Na busca da acácia dos entendimentos.

As auroras desta noite dos sentidos
Nos fazem apreciar os segredos dos ventos
A cantar amiúde um ato de vigia
Que uma poética não desejava.

Qual os sentidos de uma pessoa vigiada?

O primeiro olhar vigiado de nós
Está na beleza latende dos pais
A acompanhar nossas Histórias
Sem desejar que nos machuquemos.

Nesta era hipertextual também somos vigiados
Exposto em rede virtual estamos
Ela nos faz viajar por mundos distantes.

Em rede virtual estamos exposto
Onde mesmo sem querer nos deparamos
Com variados sentimentos racionais e emocionais
A se exporem a um clique de nossa escolha.

Uma das piores formas de se sentir vigiado
Com o policiamento de atos cresce
Todos predispostos a um efeito negativo
De uma bela rosa demasiadamente sufocada

Nas poéticas de minha lavra
As auroras em toda a sua beleza
De várias formas tocam  a introspecção
Enquanto choro por não saber

O motivo das suas lágrimas.

6/06/2015

EM CADA BARCO



Por Eric Costa e Silva

Todos os dias os barcos d'alma
As nossas vidas levam pelo mar da vida
Nesse vai e vem de águas alegres e tristes
Nos deparamos com um sem fim de gente.

Nas noites aonde as estrelas
Não acompanham a solidão
Em cada barco, seu capitão no leme
Todas as vezes buscam um farol.

A busca de um farol em nossas vidas
Ali se mostra fiel a um desejo comum aos marinheiros
Que com o olhar marejado
Sempre está na busca dum porto seguro.

Em cada Porto Seguro uma pessoa a espera
Alguém que escolhemos para amar e nos amarmos
Cada consciência que necessariamente nessa estrada
Não escolha a mesma cor preferida do arco-íris.

Quantos Barcos estão à procura do seu farol?”

Seja no barco de muitos mares
Uns reais, outros apenas digitais
A essa pergunta cabe saber o que à completa .

O olhar de cada capitão
Sempre sabe olhar a paisagem
Ver as flores que podem sorrir
Bem além das ganâncias de um mundo cruel.

Todos os dias os barcos d'alma
As nossas vidas levam pelo mar da vida
E que essa poesia especial seja mais um farol
A brilhar entre tantos faróis do Planeta.

6/05/2015

FAROL



Por Eric Costa e Silva

Nas noites de indecisão
Onde as estrelas não mais ajudam
A seguir o caminho do meu barco.

Sem nenhuma demora olho para frente
Com toda a beleza do passado nas costas
Aliado a vontade de ver aquele sorriso
Que em algum lugar sorri para novas Histórias.

Nas noites de indecisão
Onde as estrelas não mais ajudam
Da beira mar vem a luz sensata
Dum velho farol a brilhar firme.

Nas noites de névoa, ou naquelas de lua fácil
Sempre me senti seguro
Para navegar entre as pedras e tormentos dessa costa.

Necessariamente o farol de nossas vidas
Não apenas navegadores podem iluminar
Todos temos um farol em nossas vidas.

A pessoa que amamos nos ilumina
O amigo com que os aconselha
O filho que nos dá fôlego para continuar
Todos são faróis em nossas vidas.

Então! Não deixe o mar da vida abater seus dias
A luz do farol busque sempre
E espere dele sempre sua luz amiga

A vir de frente a sua em abraços luminosos. 

6/04/2015

MÁGICO DIZER



Por Eric Costa e Silva

Aos olhos da História que une muitas gerações
As de lutadores dos dias de labor
Nos cantos dos seus lares
As vozes multiplicam-se sob formas de bem-querer.

Nestes dias de intensas vontades
Sem querer me pego a falar de você
Mais uma vez sozinho estou caminhando
A procurá-la em tantas outras ondas.

Não mais a vejo na fogueira dos Deuses.
Hoje no quieto feriado a espero surgir
Pego-me a olhar o mar das palavras agitadas
Quem sabe nesta tarde você me procure.

Você por vezes não sorri mais para o Mundo
E ainda sonho eu astuto com dias que possam vir
Que aquele sorriso um dia volte a marejar meus dias.

Quietas no fundo do meu quarto
Penso em tirar deste meu caldeirão poético
A poesia que hoje ainda se faz sua.

Nestes dias volto a caminhar
Em terras nunca navegadas
Onde o castelo de meus quereres
No moinho de vento, encontram novos sonhos.

Nela pondero o meu desejo
Que sai para a sua tela
Num mágico dizer:

Como foi seu dia?
Onde andou seus pés?

Sorria e me faça mais uma vez sonhar.

6/03/2015

BELEZAS SIMPLES



Por Eric Costa e Silva

A tarde moldava as areias cotidianas da minha mente
O calor da sua imagem passada ainda refletia no forte
Sem querer salta a minha mente o sorriso largo de ontem
Agora meu ser cansado vê a beleza em todo lugar.

Sempre fui acostumado a vagar pelas palavras
Nelas eu transcendo minha mesquinhez
Sentido latente que encontra espaços
Numa vida de observação

Cada dia me pego sentado
Ali fico parado no tempo
A mirar o horizonte com as minhas inquietudes.

Não se torna fácil os dias
Nas coisas simples buscar beleza
Traz-me uma certa apatia a notícias ruins
Das atrocidades desse nosso dia a dia evito saber.

Olhar o presente e nele servir meus olhos
As vezes é uma luta, onde todos as vê em
Talvez como uma certa fuga da realidade.

Vos digo agora, não fujo
Apenas torno meus dias mais belos
Para quem sabe a beleza
Um sentido maior nas outras vidas encontre.