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1/27/2015

ESTAÇÃO SAUDADE




Por Eric Costa e Silva



Na sala dos destemidos sentidos 

Os fatos aguçam os cabidéis do ontem 

Trazendo as gargalhadas das benditas Histórias. 



Ali o vento balança o vestido das moças 

Os sentidos primários acordam 

E os lençóis das macas ainda quentes 

Seu unem num grito em forma de canção. 



No céu a tempestade se faz em prelúdio 

Este cala fundo nas curvas da era 

Postas em todos os cadernos de anotações 

Com suas linhas sedentas de informação 

Elas não se contentam com as migalhas das atenções parcas. 



Nesta quente e frio edificado 

Desde bem pequeninos 

Por madrugadas adentro 

Os quilômetros das aventuras 

Embaladas ao som das modas nacionais 

Donde retribuem os homens lúcidos

Banhados com seus belos florões. 



Na mesa de centro 

O respeito está colocado 

Sempre pronto aos que juntos 

Um dia se encontrarem antes das finadas luzes 

De encantos em bases sólidas nas sinceridades 

Do nós em portais fúnebres 

Da eterna saudade das novas bênçãos de amizade. 





1/24/2015

Sofia das Flores




Por Eric Costa e Silva


Suas raízes são cânticos

Pedras fascinantes nas esperanças

Oh! Belas deidades pós-modernas.


Suas pétalas multicoloridas

Desvelam sólidos sonhos

Que se abrem ao Mundo

Nuas, puras, virtuosas.


Seus caules movem montanhas

Reúnem nos quadros as cores

Dum narratão dos vencedores

Chapiscados pelas lágrimas dos vencidos

Elas ainda crêem na esperança!


As cores guardam nas vísceras

Marcas das grandes caminhadas

Escondem o brilho das elucubrações

São tocadas pelas vaidades

Novas almas dominam espaços

Olhares, vidas e personas.


No vasto jardim da ideia

Seus lábios movem pensamentos

Num desejo permanente de sobreviver

Trocam sementes por fatos germinados

Donde florescem os medos

Medos que transcendem o cheiro

O cheiro da dor das lágrimas

Da bela Sofia das Flores.


1/20/2015

As Cidades



Por Eric Costa e Silva



Dias após dias

Tuas malhas crescem vigorosas

As margens jogam os construtores.


Dias após dias

Num viver servil vivemos

A limpar, concertar e edificar!

Os pedaços teóricos projetados.


Mesmo deitados no universo

Os ventos a tocar os corpos

Adormeçam! Musas encantadas.


Há todos os cantos

Normais visitas façam

Deles veremos saltar aos olhos

As imponentes formas do cotidiano.


Nesta viajem astral

O nosso eu

Nos faz lembrar.


Que todos os anjos

Juntos estão a voarem

Pelas plenas plumas da gratidão.


E eles nos dizem!


Que elas determinam a meta

De vistas sincréticas

Dos nossos horizontes, dores e amores.


Nestes novos radiantes

Mesmo sem querer

Deles podemos ouvir

Os brados dos cidadãos.


Os sons ecoarem estonteantes

Na casa dos tons elipsoidais

Os olhos hipnotizaram.


Nesta semente germinante de aprendizado

A humanidade cativante

Ainda vagam surpreendentes

Sob as concretudes mentais

Dos desfiles novos que transbordam.


As escolhas desses temperamentos

Não formam linhas

Nem mesmo estão dispostas

A eleger o nós como algo supremo.


Do outro lado

Na cadeira lenta da vida

Sentam-se os escolhidos.


Nas suas penas

Por muitas consideradas mínimas

Ainda florescem todas as esperanças

Dum dia de solidariedade eterna.



Dias após dias

Vontades emanam ondas

Numas partículas desenfreadas

Tão juntas nas carnes

Quanto nos cravos comuns

No dia onde as lagrimas

Teimam em molhar o chão.


Mesas dos lares lotados

O garfo lembra o gelo

Da marmita fria.


A brisa da responsabilidade

A saltar a cada copo de veneno

As ações devaneios elaboram.


Quem sabe um dia

Elas são quiistas

Quem sabe um dia

Toda abobada celeste

Não mais sentirá homens armados

]A espera do lucro.


E as fontes bordadas

Ainda sem costa

Continuam a ser ignorados

Por um só fantasma.


O fantasma da solidão divisória

Sombras de castas rutilantes

Nas pistas das Classes avassaladoras.