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1/07/2015

Certeza Cósmica




Por Eric Costa e Silva

(Poema a um amor imaginado de infância e materializado nas formas de um astro)


Sobre brumas espumantes da linha corpórea

Os campos multidimensionais se fundam em espelhos

Neles encontramos uma força incomum

Pra compreendermos as diversidades dos traços

De todos os ditos desta vida que estamos inseridos.


Nesta estrada torta triste

Não suportamos a idéia

De ficarmos um só segundo

Num lugar onde as partes

Por nós não sejam desvendadas em sentidos.


As buscas da madrugada acalorada 


Em nossas mentes saltam inquietos

Os delírios subjetivos

Do novo armado relacionado

Em os arredores da palha em barro.



Sentimos o gosto distante

Elas pelas ruas caminham sedentas

A sonhar com o dia cósmico

Onde o todo um dia dilacerado

Possa mostrar eminente à parte junta de toda parte.



Em devaneios de gente normal

Essa essência é só uma linha ilusória

Que sem muito esforço a qualquer momento

Os atos podem romper em fatos.



Quem nos impõe o que é normal?



Os mesmos homens esquálidos

Que ceifam vidas inteiras

Em atos desproporcionais de guerra

Ou aqueles velhos novos escravistas

Que a caneta de alto valor

Nos fazem engolir desejos

A entoar a minha loucura.



Eles estão certos?

Ou será uma falta de compreensão

Pois quem sabe da linha

Não deve ver a realidade

Que a cada novo dia

Nos fulmina a volta do combate.



De nossas vidas gentis

A favor dumas vidas sob as outras.

De tantos espinhos dourados

A furar a pele dum sem fim de pessoas.



Se lutar a todo minuto

Por uma sociedade toda igualitária

É existir em loucura

Então sou o mais desvairado de todos.



Se amar ao próximo

Ou mesmo amar sem ser amado

Sem o amar dele escutar

Sem te-la em meus braços

Nas noites frias do cansaço
É viver na loucura

Então me julgue mais uma vez.



Se escutar nos parques

A voz imediata da mudança

É estar na loucura

Então me teste em mim mais remédios

Mais não esqueça de textar

Todo o poder revelador dos astros

Todo o poder de um amor ingênuo

Todo o poder de mais de uma decada de espera.



Se ansioso no Mundo estou

A espera da luz da salvação eterna

Só vista e querida no fim classista

É habituar-se na loucura

Então me esqueça deitado no corredor

Da sua fria mente retrograda.



Nunca foi tão difícil durar

Nem mesmo conviver com meu olhar

A espreitar o passado

Sem mesmo encontrar o seu

Nunca foi tão difícil amar.



Pois a cada badalar dos sinos

Nós saboreamos as manchas dum cristal supremo

A exalar os cânticos uniformes

Da inoperante busca da duvida.



Quem anda na duvida

É incapaz de sentir

Todas as outras certezas

Da necessidade da mudança paradoxal

Dadas pelo não dado

Inerentes a volúpia maravilhosa do real.


Onde a cada gesto meu em pranto feliz de encontro

O tudo se sente em carne do cadáver do menosprezo

Que revê-la presente

Nos desejos repletos de algo mais.

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