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8/20/2015

DOIS PERFIS E UM SONHO


Por Eric Costa e Silva

O eclipse que assombrou por dias
Todas as vias e infovias de um bairro periférico
Ainda pirilampam na memória de alguns.

Nos ouvidos de outros
As cousas eternamente sentidas
Nas lembranças da solidão jorram
O som da harpia a tocar a entrada de Sadman.

Na prancheta de uma ficha
Solapava a inércia da não admissão
A cortar todos os rastros digitais
Em apenas três ou quatro lares.

Hoje o sorriso marcante
As rotas de todos os dias rondou
Na praça de uma infância.

Numa selva fantástica
Do perfil de meu querer mágico
Com toda certeza dos meus dias.

Se pudesse brincava de ver você
Sorrindo todo dia ao meu lado.

O eclipse de um perfil do poeta cabisbaixo
Com toda força dos meus pulmões fracos
Quem sabe sonha com a união de duas vidas.

Quem sabe a união do perfil da selva fantástica
Ao eclipse de gente humilde
A elencar a elipsoidal de nosso destino.

8/09/2015

LEMBRANÇA DE MENINA



Por Eric Costa e Silva
 Talita do Alfabeto Galindo

No quintal da menina
Tinha uma mão
um mamão e 
um passarinho.

A mão guarda sua linha do tempo
Um mamão, ali, bem em cima do pé
De repente o passarinho voo do mamão
Pela primeira vez pousou na mão.

Era alto, muito alto, mas ninguém caiu no chão
E cada um deles estão cá no meu coração
Sempre a fazer meus olhos brilharem.

Ver no início da manhã
O canto do pássaro
Pousado alegre na mão
Sempre eleva-me em liberdade.

Nas lembranças da menina
Tinha uma mão
um mamão e
um passarinho.

8/07/2015

PAIS


Por Eric Costa e Silva

Em todos os instantes da vida
Quem não tem o Pai
Na figura do divino pode encontrá-lo
O encontra também nas lembranças.

O Pai é um dos pilares dos momentos da vida
Na verdade simples dos fatos
Este é aquele quem cria
Aquele quem segue nossos passos.

Nas quadras da vivência dos dias
Eles muitas vezes fazem o impossível
Até choram sozinhos no quarto
Quando o seu tudo, não parece ser completo.

Um pai sempre nos presenteia
Pode-o ser um herói
Sem mesmo usar da força
Pode-o conseguir respeito
Sem incrustar no filho o medo.

Um pai sempre nos presenteia
Seja com aquele abraço firme
Com seus olhares que já dizem tudo
Tendo na face o afeto ou a bronca.


Os pais presentes
Os pais que se foram
Sem dinheiro
Rico, velho ou novo!

O Pai é feito para nos amar
E por todos ser amado.

8/02/2015

NOITES DE FESTA


Foto: Yago Monteiro


Por Eric Costa e Silva

Para conter os dias escrevo
Ali, na estante de minha memória
Estrelas um tanto solitárias conto.

Serão elas, uma lembrança apenas minha?

Não sei, com certa esperança
Eu esperei o seu contato
Mais uma vez, no vale dos tempos
Contei as horas para vê-la surgir na minha tela.

Na noite que se fez quente e fria
Ao deparar com seus olhos
Os meus inundaram em carinho.

Nas veias corre meu sangue fervente
Nelas ainda brindo o copo das noites de festa
Duma nova possibilidade a preencher
Todas as possibilidades de minha vida.

Nas veias corre meu sangue fervente
Sob o memorial da lua brincante
Do quem sabe andar de mãos dadas
Pelos quatro cantos de Veneza.