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7/25/2015

TURMA DE 1997: O NAVEGADOR


Por Eric Costa e Silva

Na sala original dos Renegados
A noite inteira passei em claro
A espera do primeiro grande trabalho de campo.

Na metade da manhã
Lá estava o elefante branco da Unesp
A espera de duas pessoas.

Para variar um pouco
Eu, quase um poeta
Era uma delas.

Ao chegar, os olhares intensos queimam
Toda a carne do quase poeta de ontem
O elefante anda bem lento.

Antes de sair a cabeça para fora coloco.
A caminhar lá está o professor de climatologia
De repente um pequeno feixe de luz
Nossos olhos percorrem toda a sua extensão.

É um evento, pare o ônibus grito
O motorista não obedece o pedido
Com a corrida do professor
O Elefante para mais uma vez.

É um evento, falo em tom grave
O motorista deve seguir
As minhas orientações.

Palavras prontamente aceitas
A marba inteira posta no fundo
Um pedido ou outro durante a viajem.

Lá estava o funil negro
A formar meu primeiro evento
Que a lembrança ainda guarda

7/22/2015

VAI e VEM: LEMBRANÇAS da GRADUAÇÃO


Por Eric Costa e Silva

Hoje é dia de lembranças das noites
Não daquelas de aulas cabuladas no bar patas
Nem das fotos com a famosa plaquinha.

É dia de lembrar aquele vem e vai
Nos bancos dentro da T.U.A
Eles me levaram quatro anos para o Unitoledo.

Nele pude escutar várias Histórias
Umas alegres, outras lamentos
Ali, vários celulares em tons
Dos mais variados estilos.

Fico nesta pedra a lapidar
Não com as conversas ou olhares
Vou poemar sobre as de vida
Quem sabe de morte, não sei até hoje.

Lá estava uma velha senhora
Com uma sacola que continha as compras
Lembro que ela toca a campainha.

O coletivo! De várias quebradas, Hilda Mandarino
Para no ponto de um ponto de encontro da zona leste.

De repente, meu ouvido ainda aguçado
Me faz perceber o barulho das compras caindo
Depois um barulho de um corpo que cai
Hum! É isso que escutei.

Corro para a campainha e a toco desesperadamente
O motorista olha pelo retrovisor
Eu já estou com a cabeça para fora a procurar algo
Vejo a cara do habilitado com um semblante de raiva.

O mesmo de olho no retrovisor
Faz menção de gritar e começa a acelerar
Quando o acelerador segue alguns metros ou centímetros
Sei lá, não tô com a trena.

Grito, caramba, a senhora tá embaixo do coletivo
O motorista para com mais um ai!
Logo pedi para o bicho de fisioterapia descer e atender
Lembro-me da pergunta
Tem medo de sangue, se não desce
Preste os primeiros socorros.

Lá no fundo uma moto vem na velocidade da via.
Quando a mesma para um amigo de infância
Todos falando que a senhora deite no chão
Uns pedem para chamar a polícia.

O motorista diz que pode chamar a Unimed
Santo seguro da empresa T.U.A
Ela não aceitou pelo medo de ir sozinha para o hospital.

Eu lembrei dessa história
Que poucos alunos podem ter no currículo
Não cabe no lattes.

Demorei para escrever
Não sei o que rolou com ela
A senhora foi na moto do meu amigo de infância
Se tá viva ou não.

Essa é a questão desse transporte coletivo da T.U.A
Que vai e vem pega alguém.

7/20/2015

PEDIDOS SOLTOS


Por Eric Costa e Silva

Voa liberdade dos novos dias
Na canícula dos apontamentos
Junto a toda essa grande nova geração.

Eu há tempos caminho sob as asas
Dos meus voos diários do sentir na pele
Donde meus olhos estão atentos as novidades
Que teima queimar em partida.

Em minhas andanças diárias
Umas a observar a natureza
Outras a sentir a natureza natural
Ambas me fazem tocar a doçura do amor
Um dia posto na porta da alma.

Cada parte do meu corpo mitigante
Ainda sentem na pele os vórtices
A luz branca a passar pelos olhos
A água a tomar o passado do presente.

Nesse tempo todo espero Freiberg
Adentrar com um pequeno presente.

Quem sabe a chance de viver num lugar
Onde todas as plantas possa eu chamar de meu.

Freiberg! Foi lindo a demostração de confiança
Toda aquela organização de retirada
Ela ainda vive na minha mente.

Nesse mundo de lembranças
Hoje sinto uma vontade saltar
Nas redes compartilhar as histórias.

Vamos ler no futuro
O passado com aquela pessoa especial
A ver nas linhas de versos
Minha pessoa luzir outro tipo de enchente.


Vamos ler no futuro
O passado com aquela pessoa especial

A ver nas linhas de versos
As graças de tudo ter dado certo.

7/14/2015

VITRINE



Por Eric Costa e Silva

Ando para cima e para baixo
Olho para ela e apenas vejo preços
E ainda procuro nos olhos apreço.

Na fila do consumo
Em meio a esse seu templo
Estou a procura de algo legal
Que me sirva bem.

Acho os sorrisos um pouco forçados
As saudações dos dias
Um tanto curiosas.

Mais o que gosto de fazer
É observar os vendedores
Sem ser visto.

Nessas horas posso ver o tédio
Gente cabisbaixa atrás de uma meta
Que lhe dê a oportunidade
De matar a sede de suas próprias vitrines.

7/11/2015

NOVO CADERNINHO



Por Eric Costa e Silva

A felicidade de hoje se esvai pelos dedos
Não trata-se de algo perdido por abundância
É sim, um sentido de que temos algo em comum.

Esse algo em comum é a magia de uma amizade
Que talvez ainda caminhe na pré infância
Não por ser coisa ou conversa de criança.

Espero os dias de vertente deste novo caderninho
Seja onde estiver, sempre deixe seus pensamentos voarem
Cada um deles tente sentir nos sorrisos de um espigão
Ou quem sabe, nas canções e apresentações de sua arte.

A poesia também é prática pra quem nela busca alento
Tu ontem entrastes no roll de amigos
Alguns deles ainda não compreendem meu passos
As vezes nublado em uma só palavra.

Frida, essa poética sem rima
É mais uma entre aqueles milhões de perspectivas
A surgir nos emaranhados de minha percepção.

A poesia de hoje teimou em lembrar de sorrisos e latas
É, mas uma a uma ela agora se põe em pontei-os
Para saudar a amizade de alguém a viver
Com um amigo de tempos de juventude.

A poesia de hoje saúda seu novo caderninho
A poesia de hoje espera encontrar o mar multicolor

Dos dias e dias de seus novos aprendizados.

7/10/2015

POESIA PARA UMA POESIA


Por Eric Costa e Silva

A noite se fez quente e fria
Seu sorriso encanta-me e faz-me divagar.
A cada palavra sua dirigida
E apenas eu, ali! A sentir o eco de um sentido

A noite se fez quente e fria
Na mente, agora, nada mais que seus olhos
Junto a um estado estonteante de vê-la sorrir.

A cada palavra sua dirigida
Uma viagem nos sons de sua voz
Uma distração muito maior que o normal.

E apenas eu, ali! A sentir o eco de um sentido
A esquentar minhas mãos vazias
A espera de um abraço, ainda não vindo.

Imaginar as mãos dadas numa Gurgel parada
Os beijos roubados com astros de testemunha
Num canto aberto das noites do seu quintal
Tudo se faz belo, na mente de um poeta a sonhar.

A mãe pode deixou...
Valeu a noite! Ela mais uma vez me fez feliz
Também me fez sentir um pouco daquela raiva juvenil.
Valeu a noite! Dos templos atuais
Valeu! Cada enfiada de mão nas caixas friolentas.

Se escutei bem, apenas vos digo
A recíproca é a mesma. 
Idem!

7/08/2015

NO GALPÃO DA LUA



Por Eric Costa e Silva

A memória de um dia a fio
Nas paredes de um dia festivo de 4 de julho
Em cada ato, as palavras descem marejadas.

Nelas em um clarão de bem-querer
O ontem tece o hoje em poética
Que na têmpora dos dias
Ainda teimam em esquecer.

Minhas lembranças fotográficas
Na íris do meu ser colocadas vivem inatas
Nos dois pontos no céu
Certo e teimoso em juntar as almas.

Nesta hora esse sorriso vai me acompanhar dias afora
Tão lindo como as duas estrelas solitárias
Ali, colocadas nos centros do ensinamento
De uma lata e um céu nervosos feito eu.

Nas marcas do passado insensato
A temporalidade me fez sentir
As pétalas do como poderia ter sido.

É leitor, parece essa poesia
Um emaranhado diluído de palavrinhas sem ordem.

É leitor, a poesia pequena faz parte do horizonte
De um fim de semana feliz
Onde encontrei mais uma vez
Os astros de minha terna vontade.

7/01/2015

DISTRAÇÃO DECISÓRIA


Por Eric Costa e Silva

Numa terra que não pode ser boa
Com aqueles homens e mulheres
Que nos seus arredores nasceram
Deve ser apenas lembrada 
Pelos amigos feitos.

Todos os barcos das pessoas lutadoras
Por vezes procuram o mar de novos ares
É! Nem sempre a cidade que o viu crescer
Lhe garante lágrimas oportunas de alegria.

Nesta noite mais uma vez
Eu pensei em fazer meu barco
Navegar por outros nortes
Que não estejam tanto em tormentas.

Esse meu barco anda só
A espera dum bom vento
Com os timoneiros prontos para zarpar.

E para que as velas sejam hasteadas
É necessário que o vento toque-as
É necessário que o vento 
Mexa com nossos cabelos.

Em meio a cidade que canta e chora
Também tenho meus dias de distração
Eles me levam a olhar a cidade
Os lugares de minha memória.

Nesses momentos de distração
Também é onde eu me encontro
Sob a percepção de observar
Tudo aquilo que já passou.

Nesses momentos de distração
Também é onde eu me encontro

Sob a percepção de observar
Tudo aquilo que pode ser.