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7/22/2015

VAI e VEM: LEMBRANÇAS da GRADUAÇÃO


Por Eric Costa e Silva

Hoje é dia de lembranças das noites
Não daquelas de aulas cabuladas no bar patas
Nem das fotos com a famosa plaquinha.

É dia de lembrar aquele vem e vai
Nos bancos dentro da T.U.A
Eles me levaram quatro anos para o Unitoledo.

Nele pude escutar várias Histórias
Umas alegres, outras lamentos
Ali, vários celulares em tons
Dos mais variados estilos.

Fico nesta pedra a lapidar
Não com as conversas ou olhares
Vou poemar sobre as de vida
Quem sabe de morte, não sei até hoje.

Lá estava uma velha senhora
Com uma sacola que continha as compras
Lembro que ela toca a campainha.

O coletivo! De várias quebradas, Hilda Mandarino
Para no ponto de um ponto de encontro da zona leste.

De repente, meu ouvido ainda aguçado
Me faz perceber o barulho das compras caindo
Depois um barulho de um corpo que cai
Hum! É isso que escutei.

Corro para a campainha e a toco desesperadamente
O motorista olha pelo retrovisor
Eu já estou com a cabeça para fora a procurar algo
Vejo a cara do habilitado com um semblante de raiva.

O mesmo de olho no retrovisor
Faz menção de gritar e começa a acelerar
Quando o acelerador segue alguns metros ou centímetros
Sei lá, não tô com a trena.

Grito, caramba, a senhora tá embaixo do coletivo
O motorista para com mais um ai!
Logo pedi para o bicho de fisioterapia descer e atender
Lembro-me da pergunta
Tem medo de sangue, se não desce
Preste os primeiros socorros.

Lá no fundo uma moto vem na velocidade da via.
Quando a mesma para um amigo de infância
Todos falando que a senhora deite no chão
Uns pedem para chamar a polícia.

O motorista diz que pode chamar a Unimed
Santo seguro da empresa T.U.A
Ela não aceitou pelo medo de ir sozinha para o hospital.

Eu lembrei dessa história
Que poucos alunos podem ter no currículo
Não cabe no lattes.

Demorei para escrever
Não sei o que rolou com ela
A senhora foi na moto do meu amigo de infância
Se tá viva ou não.

Essa é a questão desse transporte coletivo da T.U.A
Que vai e vem pega alguém.