Translate In Blogger

4/06/2015

Dialogando com quem quero



Por Eric Costa e Silva

Que diria eu agora
Para quem abandonaste o amor
Deixei-o livre para voar

E como pássaro fora do ninho
Ele nunca apareceu mais no quintal
Donde os sonhos de hoje
O faz permanecer em sonho.

Falar de amor
Os dias pessoais os foram
Vamos falar dele mais tarde
Vamos contar os sóis dos dias.

Vamos mudar o enfoque
Diz um amigo quase virtual
Vamos falar de seu futuro.

Pena que suas penas
Apenas não sabem das serenas
Formas de dizer a amigos
Que um dia ousaram
Chamar-me de amigo.

Noite de temor
Seus olhos nem brilhavam
Estava lá ao seu lado.

E as nuvens também sangram
De um vermelho memorial
Que busca além passos
Os passos dos pássaros.

Vamos trocar o enquadramento
Diz mais uma vez
Agora uma conhecida.

Sou cotidiano em rios
Sou isso apenas
Sinto a suave nuvem pelo ar
Vejo o futuro esvair o passado
Ondas a bater nas palavras.

Palavras de amor
Não respondido, seria eu perguntado
Seria palavras de amor esquecido
Seria eu perguntado.

Palavras de amor de quem ousou
Deixar a vida de ontem
Palavras de amor a viver
Sobre o manto de quem sempre
Ao olhos distantes desejei.

Não falar de amor agora
Tudo bem, mas quem vivei sabe
Nunca vivemos assim antes.

Ontem e ontem sonhei com você
Com a alegria de quem não desejou nada
Apenas migrar para os sonhos.

Agora aguardo paciente

O dia onde estaremos juntos

Num voo rumo aos altares da justa igualdade.

Agora aguardo paciente

O dia onde estaremos juntos

Gostaria de mudar minhas palavras
Entre os blocos confessam
Todo o dialogo do meu eu em fracasso.

Abandonar o pé de amoreira
A crescer a cada dia de minha infância
Onde a maior festa
Era esperar o aniversário da cidade.

Amanhã espero eu
Comemorar outras datas
Que serão repletas da própria paisagem eterna
Onde nem os braços da morte

Hão de nos separar.