Translate In Blogger

4/03/2015

PARA MINHA MUSA


Por Eric Costa e Silva


Sexta-feira da paixão
Falar então de amor
Falar de Paixão que ainda me move.

Na ponte desse destino
Onde estou ainda a caminhar sozinho.

Hoje começo o dia tarde
Acordo tarde feito um ser notiurno
Mesmo com o seu não 
De uma noite passada
Sobre a mesa a sobremesa
O cálice que um dia não se calou.

Nas sombras da sua existência
Sob o brilho latente do sol
Pego-me a fumar mais dois maços.

Tudo para perder tempo
E olhar para a esquina
A espera do frescor da lua.

Minhas dúvidas são as mesmas
Em todos os lugares da cidade
Sempre estou a sua procura.

Sei, quem sabe? Um dia me amará!

Nos dias onde se fincam as amargas névoas
Das finas flores na mão de uma criança
Apenas me resta. Quem sabe?
O fim dos momentos circulares 
Da mais obscura solidão.

Ao olhar seus olhos distantes
Ainda vejo aquele beijo
Findar o meu, no ato da despedida.

Onde quem sabe se lembrará
Das palavras numa casa
Que um dia foi sua.

Pego-me solto em sonhos universais
Tão concretos quanto à felicidade das flores do campo
Sei! Em todos os quintais elas vão desabrochar seu laranja
No dia do nosso quem sabe um dia
Bem próximo, a seu querer
Enlace eterno.

Deus bendito queira amada de ontem
Que um dia sermos um só corpo mais uma vez
Não só em carne viva vermelha.

Não apenas em mente cintilante
Nem mesmo só em laços ideais
De plenas vertentes de prata que adocica a boca.

Seremos quem sabe o futuro
Seremos quem queremos
Seremos quem podemos ser.