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4/15/2015

Deveras Sente


Por Eric Costa e Silva

Deveras sente a dor de viver no passado
Um passado que se faz presente
Num Mundo onde homens
Desfazem sonhos e vidas.

Deveras sente senti-lo em dor e pranto
Sobre a mesa que não traz o alimento
Nem mesmo coabitam a felicidade
Dos sorrisos largos em oração.

Deveras sente a falta de argumentos
Onde cada palavra vive-se uma só voz
Onde cada palavra lembra-se as luzes
A se apagar no quarto escuro da História.

Deveras sente o sentimento de sentido
A sentar na porta das barbaridades
Que povos promovem o sofrimento
De outros povos a sentir a dura pena.

A pena da penumbra de dias insólitos
A pena de homens sem amor
A maldizer a humanidade.

A pena individual que é perversa
Onde se odeia nos dias
Enquanto nas folhas, diz amo-te.

Deveras sente meu sentido inato
A viver no sábado as luzes do seu dia
A esperar das palavras
Sempre um passo a frente.

Duma humanidade que pode amar
Uns aos outros
Sem mesmo querer nada em troca