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4/29/2015

TEMP(L)O




Por Eric Costa e Silva

No horizonte distante de um novo dia
O século das luzes os foram há tempos
Apenas sobraram as sombras
Dos verbos de um ontem inanimado.

Luas e Sóis antes da ilustração
Ao pé da predição de Adão
Ergue-se um templo de ideias.

A palavra dita ao pé do ouvido
Dos filhos dos caminhos de ontem falaram
De todas as águas que inundariam sua época.

Ontem e hoje se põe na estrada
A poeira de suas épocas
Ainda vagam pela terra.

O tempo também é espaço
E sob eles erguem-se os dias humanos
Todos vividos em pleno fôlego.

As luzes dão lugar a escuridão
Enquanto nas noites os amores
Caminham sozinhos sob o canto do destino.

Nos pilares de hoje
O conta-gotas de nossos passos
Não mais necessitam de longas caminhadas.

As redes contam a distância dos corpos
Não são tão belas quanto no início
Elas trazem sonhos e velas passadas
Elas trazem rancores e brigas presentes.

É nessa rede quase virtual
Que teimo em buscar meu amor.

É nessa rede quase virtual
O Vivo na pele
Nela a vejo.

Como um pilar antigo
Como o período de luzes.