Translate In Blogger

4/28/2015

NOVA MODERNIDADE



Por Eric Costa e Silva


Os poetas de uma era antiga
Nos dizem que os nossos olhos
São as portas da alma.

Os olhos podem ver tudo
Notar os entrelaces de tristeza
Semear tempos de alegrias
Além de saber julgar a dúvida
Posta em seu tempo.

Os poetas contemporâneos
Nos dizem que homens de visão
Também são acometidos de cegueira.

Os poetas da Nova Modernidade
Todos esses sentidos bailam
E no salão colocam a necessidade
Duma existência angular
Não apenas balizada no eu.

Os poetas da Nova Modernidade
Sabem que a vida vivida
Apenas de pétalas repletas de simbioses individuais.

Podem fazer do homem
Um ser não mais humano
Pode fazer do homem
Um sujeito mesquinho.

Um homem apenas do eu
Pode chegar ao ponto de ir na areia da praia
E dizer que seus olhos são maiores
Que todas as belezas da natureza.

Os homens individuais
Podem eles chegar nas esquinas e bares
E dizer que apenas eles sabem o que é bom para o Mundo.

Não seja o cego da individualidade
Viva a vida a saber ver com os olhos da alma.

Na sala da lareira do Mundo
Saiba que mesmo na fogueira das vaidades
Quem queima é a própria humanidade
E não apenas você.