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1/15/2016

LINHAS de SAUDADE


 Por Eric Costa e Silva

No passado, apontei as ginas de um livro 
Para quem sabe me procurar 
Quando a saudade assim florescesse. 

Há tempos lendo e relendo o mesmo livro 
Feliz um pouco ficaria apenas em saber  
Que as páginas por um instante nos uniram. 

Tenho um lado escuro solitário 
Um sem fim de vias 
Hoje sem estrada. 

Ainda brinco com as palavras 
Sem delas brincar com outros olhos 
Falar de amor, eu sempre tento. 

Falar de amor, sempre quis 
Mais ele teima a ficar 
Duas ou três galáxias 
Longe, sem tempo. 

Guardo no coração os quatro anos no mesmo lugar 
O primeiro trabalho fiz ao seu lado 
No trabalho de conclusão você estava lá. 

Na memória estão os momentos felizes 
Os de revelação e pranto também se fazem presentes 
Todos formando um denso lago  
A mover meu moinho de sonhos. 

Guardo no coração os quatro anos no mesmo lugar 
Nenhum deles me encantou tanto 
Quanto  a possibilidade de vê-la de rosa imponente. 

A caminhar sobre os metros quadrados  
Duma quarta avenida mista cheia de saudade e tristeza. 

Um dia de forma tenra copiosa 
No espelho parei-me a olhar 
Ali! Minhas lágrimas deixei derramar. 

Cada vertente de seu reflexo 
Todos os segundos teimavam em lembrar-me 
A mais dura de todas as minhas atuais verdades. 

A cada plano da imagem desse espelho 
Ainda dói perceber que a farda 
Sempre terá mais encanto 
Que todas as palavras de minha lavra. 

Cada uma delas a fundar-se na sua retina 
É uma maneira simples de tentar mudar a realidade 
Cada uma destas que agora saltam nos sentidos. 

Sonham sorridentes em tê-la sob meu ombro 
Para quem sabe um dia  
Ajudar-me a lapidar novas poesias.