Translate In Blogger

12/22/2014

Vésper



Por Eric Costa e Silva

Luz a emanar alegria
Toda sua perseverança amiga
Antes mesmo do nascer do dia
[contagia.

Singela nos atos alucinantes
O dia as letras hipnotizam
E com sua volúpia sedutora
Os calendários se irrompem em maestria.

Poesias estão sempre nos dias
Unificando as linhas tortas confiantes
Do todo farto celeste
De todas as manhãs
[ frias.

De suas mãos amigas
Elas se escrevem com maestria
Nos cadernos de papel de pão.

Em cada verso e estrofe
A vida coloca um ponto
Sobre as linhas estreladas
A sacudirem os destinos
Dos alaridos de anunciações.

As poesias nos serenos atos da réplica
Poucos e contados são o prantear
A fluir de seu ventre mítico.

As marcas inerentes oportunas
São raras aos que sonham
Nas praias isoladas
Duma só veemência bem vivida.

Dum só abraço fraternal
De estrelas azuis
[ irmãs.

Quando o fogo das palavras
As vaidades mitigarem
Pela porta de sua face
Quero marchar altivo.

Para de modo singelo
Num afã mágico seguir
A chegar ao porto quente
Alucinado da ação de ontem em ondas.

Em cada porto
Nele a sabedoria do tempo
Nos circundam velozes
O respeito dos homens
A consciência da ocasião
Sólidos tijolos de muros levantam.

Poesias caminham sob o manto
Quão um dia inesquecível
Do sangue real a banhar a rua
No inverno quente.

Quem ama a humanidade
Vê o pecado na cruz
A carne do torturado
E percebe aliviado nos dias
Que todos seremos salvos.

O pecado dos homens de hoje
Outrora perdoados pela oração
No sorriso ingênuo da criança
Vão migrar para o ontem
De todas as fontes em poesias e canções.