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12/16/2014

Nascimento




Por Eric Costa e Silva




Não vejo nada mais forte

Do que meu bem querer

Por você, minha poesia.



Com minhas idéias simples

Todas livres quão o céu azul

A todo segundo nas estrelas

Desta minha intermitente mente

As escrevo para alcançar o todo.

Ele sempre em mim

Busca em você

Uns tantos repletos olhares de encantados.



No nascer de cada uma

Algo me eleva num sopro

Minha alma em som gentil sorri.



Já meu corpo

Um tanto cansado

De todas as batalhas da vida

Esvai-se em tantos outros.



Esses dois entes

Um tanto quanto firme

Apenas pode ser visto

No nascer perfeito

Do sol intermitente de cada poesia.


Às vezes perambula vazia

A procura da passagem singela

Do portal terno dos seus olhos azulados.



Não vivo sem sonhar

Com mais um dia lindo

Onde todos sejamos irmãos

Onde a diversidade seja respeitada

Numa verdade transformadora elipsoidal

A preencher as planícies tortuosas da alma.



Com os encantos dos tempos

Não deixo de chorar

As vísceras que os acompanham.


Ainda estão jogadas no chão

Junto das dores dos dias

A manchar os sorrisos

De toda e qualquer ingenuidade.


Cada uma das minhas filhas

Sempre juntas da minha medida

São brados humildes

A romperem as barreiras

Das rupturas propostas.



Com elas vocês vão encontrar

As águas alegres cintilantes

Do rio inexato das folhas secas

Que num só lance

Faz-nos gritar de felicidade.



Na ponta do galho

As palavras voam altas sedentas

A forjarem o recanto das linhas tortas

Presentes nas máximas peculiares

Dos coletivos lotados de pensamentos.



Uns comuns

Outros abstratos

Alguns impensáveis verossímeis.



E todos estão com seus olhares postos ali

Entre o tudo e do nada

Numa eterna busca do esplendor.



Nas peculiaridades de cada dia

As mãos calejadas aprendem a colher

Todo barro necessário

Para a sólida construção

Das novas casas dos desejos.



Uma a uma na galáxia

Elas são horizontes sem paredes

A brindar os copos da vida

Com todos os laços de suas Historias.



Todos os pontos materiais da vida

São credores da gratidão divina

Até mesmo a tiririca

O lírio dos campos.



Todos dão o tom da gênese não ilusória

A preencher a galeria do céu sem nuvem

Dos mitos do sol

A vencer a ganância capital