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2/23/2015

QUIMERA


Por Eric Costa e Silva

Vou lembrar das rosas
Dos meus sonhos perdidos
E com os segredos das nuvens namorar.

Ainda voo em tuas asas
Em tuas garras me protejo
E com você estou sempre findado
A caçar um planeta seguro
De paz plena habitável.

Quem sou neste vasto céu?

Apenas penso em poesia
Apenas suplico pela essência
E nos seus braços distantes
Torno-me um ser cativante.

Várias estações nós passamos juntos
Delas retiramos os códigos dos ventos
E o nome da amada me aparece
A cada virada do calendário.

Tudo na lembrança do não ocorrido
 Me traz as lágrimas
Antes mesmo das delas
 Pela sua face  rolarem
Sempre em mim
São quiistas em falas discretas exaltadas.

Neste sertão que quero estar
Ao meu lado surge a insigne do fado
Uma foz marema repleta de volúpia
Salta do bico da quimera
E do lado, uma bólide me ataca!
Sou jogado mais uma vez na realidade
Ela dói nas vísceras
Se territorializa, nua, crua, virtuosa!
E é banhada pelo acre do meu tempo.