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2/22/2015

FRAGATA



Por Eric Costa e Silva

Nesta noite prateada
Lá vem minha vã fragata
Com a voracidade dos tempos
Sua marcha devora as nuvens.

Eu menino! Vou lentamente com seu norte
Sempre intenso de lembrança
De rosas dum bem-querer por você
Oh! Minha amada de ontem e hoje.

Cada leme em proa forte ecoa
Homens solícitos fazem da parte
A parte conjunta em enlaces.

Meio fraterna clerical
Duma verdadeira deusa
A dar força ao barco.

A imagem dela que na terra reza
Faz-me ver que a cada légua passada
Quero o calor dos teus abraços
Quero o suave toque dos seus lábios
Quero o sabor da luz dos seus sorrisos
Quero o porto seguro do seu colo.

Na vela e nas faces singelas
O vento bate sua conversa afinada
Ele me leva as curvas da imensidão
Ela encanta essa minha incursão
Que embala nas estrelas
As novas minas das descobertas.

Depois de divagar solene
Nos teus traços perenes
Sinto-me fortalecido.

A solidão de antes foi preenchida
Pois até no vazio
A poesia teima matreira
Em deixar seus traços colores

A brotar pela imensidão dos mares.