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2/19/2015

Senta, Leitor! Abra a mente


Por Eric Costa e Silva

No Horizonte do Tep(l)o das lágrimas
Onde pousam carcarás, acauãs e urutus brancos
A árvore que cresce a cada dia
Pelo poeta oculto foi semeada
E dela se viu grandes frutos.

Com tanto sucesso nos ares frondosos
Dos sabores de mil e um gostos
Lothur com sua águia em escudo de rosas
Mais uma vez lançou mãos de suas trapaças
Buscou nas técnicas de sua arte
A arte de tomar vozes.

Enquanto isso o poeta
Que relutante em todas as cores
Estufou o peito para dizer
O tronco, os frutos e os ramos desta árvore
São Brilhos de minhas fontes.

E as fontes pirilampam no chão gelado
Na cela da polifonia da andorinha viajam
Na mesa do general se põe em planos
Na taça dos loucos a vida se esvai na lousa da parede
Na menina linda do pombal que o traz flores
Na ironia dos pulos behaviorista
Ou mesmo na luz dos decaídos
O pré estabelecido o faz ser esquecido.


Para o poeta ainda basta o amanha
Mesmo não tendo tão pouca idade
Ele espera o avançar do tempo
Que quem sabe deve restaurar a verdade
Um dia posta na prateleira
Vista nas infovias dos mil mares
Carimbadas feito com o punhal pontiagudo
Daqueles homens que não suam
E tomam para si o suor de outro.

Mais o que tem o poeta hoje?

Apenas indiretas poéticas
Tão diretas como a infinidade do céu
Que um dia se abriu em brindes
Antes mesmo do alimento da troca de sangue
Tão vulnerável dita e redita
Apenas tem a honra de dizer
Tudo nessa árvore sou eu.

Um dos dedos dum escolhido de Lothur
No meu quadro-negro
Já vai fazer aniversário
Enquanto eu mais uma vez
Vou ao bar beber um refri de uva.

Levanta Leitor!
Não seja você um boneco ventriloco
Nem mesmo mais um inconsequente
A andar pela paisagem árida dos moinhos.

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