Por Eric Costa e Silva
No ventre
dourado das palavras
No alvo oceano verde
Os homens e mulheres do passado
Ali ergueram um monumento
Tudo para
marca com a beleza do tempo
As mil e uma formas de amar.
Sem a
futura crise indigesta
Dos
valores dos não nativos
Eles
saboreavam as delicias da mata
E a cada
instante em suas pontas
São ditados ensinamentos atemporais.
Ao redor
das pedras
Pelas
noites dançavam
Junto a
companhia das túnicas divinas de Tupã
Ele
saudava em gritos de alerta
As
presenças dos espíritos dos antepassados.
Hoje! Do equinócio distante
Apenas um pilar resiste
Os ventos
nas pedras
Sozinhos
uivam em notas
E a noite
se faz alegre
Donde no
plano etéreo
O
punhal de caça
Que um dia os levaram
Agora está posto no chão gélido.
O pilar
de pedra não tão solitário
Não mais
vê a materialização dos nativos
Mais
aguarda sedento
Junto com
os animais da floresta
O alívio
da nova chegada
Que vai
por fim a aculturação.